Referência regional em casos de média e alta complexidade, a Santa Casa de Franca, no interior de São Paulo, não mede esforços para garantir um atendimento de qualidade e humanizado. Uma meta para a qual precisa liberar seus profissionais das atividades mais burocráticas e de bastidores e que, portanto, exigiu a implantação de um sistema de gestão, em 2006. A ideia naquele momento era eliminar planilhas e softwares paralelos, o que também exigiu a instalação em, em alguns casos, a substituição de terminais e servidores.
A nova solução de gestão tinha de ser disponibilizada a setores ainda não informatizados, e o processo tinha que ser ágil para não prejudicar o atendimento de alto volume mensal. O hospital oferece 304 leitos para atendimento nas áreas de clínica médica e cirúrgica, ambiente onde giram por volta de 1600 internações mensais. O complexo hospitalar atende pacientes de 22 municípios (cerca de 700 mil habitantes), que demandam aproximadamente 700 cirurgias por mês.
Foi neste cenário que a Santa Casa, após contatos e visitas da INIT – fabricante brasileira de produtos para o segmento de cloud computing – decidiu aproveitar o momento de renovação dos parques de hardware e software para também substituir os terminais PCs por thin clients, um computador dependente primariamente de um servidor central para o processamento de atividades, com poucos ou nenhum aplicativo instalado e integrado a uma rede cliente-servidor de duas camadas.
De acordo com Leandro Borges, gerente de TI da Santa Casa de Franca, a maior vantagem da utilização da solução é a economia com manutenção. “Diferentemente dos desktops, a manutenção ocorre com baixa freqüência, já que os thin clients têm menos peças e quase nenhum software instalado diretamente neles. Dessa maneira, quando apresenta defeito, o terminal simplesmente é trocado por outro exatamente igual e enviado para a assistência técnica”, pondera.
Borges informa que antes do projeto, com o uso de desktops convencionais, era necessário mais tempo de atenção a cada máquina. “Se antes o tempo de manutenção levava 10 dias nas 60 máquinas que tínhamos, hoje com 120 levamos a mesma coisa ou em certos casos até menos”, comemora.
O gerente destaca outras vantagens na utilização dessas máquinas, como o baixo custo de administração de TI, a facilidade de proteção (segurança), o baixo custo de hardware e o menor custo para licenciamento de softwares, e uma maior agilidade para rodar planilhas complexas que utilizam macros e tabelas dinâmicas.
Esses ganhos, diz ele, se aliam à economia nos custos com energia elétrica, que vai desde o consumo da máquina até a utilização de ar condicionado – os thin clients dissipam menos calor no ambiente – e à facilidade de upgrade. “Os terminais “magros” também apresentam uma vida útil mais longa dos que os PCs, por exemplo, porque todas as aplicações rodam remotamente a partir de um computador servidor”, destaca.
Ampliação
Uma ideia do desempenho desses equipamentos na Santa Casa de Franca são os dois upgrades feitos nos servidores até o momento para suprir os requisitos necessários à execução do software de gestão. “Nos limitamos aos servidores. Não foi preciso atualizar as estações de trabalho”, comemora Borges.
O executivo informa, no entanto, que foi preciso aumentar a capacidade da rede local, um investimento compensado, segundo ele, pela economia gerada pelo projeto. Outra mudança feita no parque de informática foi a adoção de servidores redundantes, pois se o servidor der problema e não houver redundância, todos os thin clients ficam inoperantes.
Com o tempo e na medida do possível, os terminais da Santa Casa de Franca estão sendo substituídos pelos thin clients da INIT. Desde o início da implementação até o julho deste ano, o complexo hospitalar evoluiu de 60 equipamentos para 120, sendo que apenas uma das unidades concentra aproximadamente 75% de terminais em operação.
Ocupação silenciosa
Além disso, a solução – fornecida pela RAC Serviços – mostrou resultados qualitativos que ultrapassaram as expectativas, segundo o executivo. Um deles se refere à simplicidade da implementação, que foi feita pela equipe interna, eliminando gastos com fornecedores e prestadores de serviços. “Sabemos que fizemos uma boa troca”, salienta Borges.
Até o momento, o projeto recebeu investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão, incluindo atualizações, troca dos terminais e dos servidores. Como projeto futuro, a Santa Casa de Franca pretende continuar, aos poucos, com a adoção de thin clients até atingir 100% dos terminais das unidades.