No turbilhão da era digital, a produção de dados atinge proporções exponenciais, gerando uma avalanche de informações a todo momento. Em apenas seis minutos, cerca de 9,1 mil terabytes de dados são gerados globalmente – equivalente a milhões de histórias compartilhadas, reuniões virtuais e mensagens trocadas. Esse oceano de dados, embora repleto de oportunidades, também traz desafios significativos para as empresas: como encontrar as joias entre os grãos de areia e, mais importante ainda, como transformá-las em estratégias robustas e informadas?
Definir uma jornada eficaz para o cliente requer a conexão cuidadosa entre a organização dos dados, passando pela sua governança, caminhando, na sequência para a criação de soluções que convergem para impulsionar os melhores resultados para o negócio. Neste artigo, quero detalhar um pouco mais esse processo e compartilhar as minhas percepções.
Gosto muito da analogia entre dados e a água. Assim como a água pura é essencial para a vida, a qualidade dos dados é fundamental para a saúde de qualquer negócio. As instituições financeiras sabem que a qualidade dos dados influencia diretamente a confiança e a percepção do cliente. Nesse sentido, a governança de dados atua como um filtro, garantindo que eles não sejam contaminados. Isso se traduz em confiança e credibilidade, dois pilares para a estratégia de negócios.
As empresas consideram os dados como um componente essencial na formulação de estratégias de negócios. Da mesma forma que o funcionamento eficaz de um sistema hídrico exige as pessoas corretas e as ferramentas apropriadas, a governança de dados assegura que os profissionais adequados, equipados com processos eficientes, estejam responsáveis pela integridade dos dados.
Nesse ecossistema, a análise de dados também desempenha um papel crucial. A criação de soluções técnicas inovadoras é o pilar que transforma dados em insights valiosos. O uso de analytics permite que as empresas desvendem padrões ocultos, identifiquem tendências emergentes e tomem decisões informadas. O dado é a matéria-prima; a análise é a força que o molda.
Finalmente, tudo converge para o âmago dos negócios. A utilização de dados qualificados é a base para a criação de soluções e processos que geram valor agregado ao ambiente empresarial. A capacidade de tomar decisões mais certeiras, respaldadas por insights robustos, é o combustível que impulsiona o sucesso nos negócios.
Contudo, preciso pontuar que o caminho para a excelência nos dados não é linear. A maturidade do dado segue uma curva de sofisticação que vai desde a falta de conhecimento até a otimização completa. A transformação começa com a conscientização do impacto da qualidade dos dados, passando por abordagens reativas até a proatividade na análise e solução de problemas. O estágio otimizado, marcado pela presença de um Chief Data Officer e uma abordagem abrangente de qualidade de dados, é a culminação da jornada.
E definir a melhor jornada para o cliente envolve uma combinação harmoniosa de todos esses elementos. Ou seja, os dados são a força motriz, mas a estrutura, a governança, a análise, as plataformas e as estratégias são os pilares que sustentam a jornada. Ao conectar esses pontos cruciais, as empresas podem navegar com confiança nas águas por vezes turbulentas da era dos dados, transformando informações em oportunidades estratégicas.
Valter Andrade, Diretor da Visa Consulting & Analitycs.
