GenAI permite a trabalhadores exercerem atividades mesmo sem capacitação

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Relatório recente do Boston Consulting Group (BCG), intitulado "GenAI Doesn't Just Increase Productivity. It Expands Capabilities", revela que a inteligência artificial generativa (GenAI) permite aos trabalhadores concluírem tarefas que estão além de suas capacidades atuais, aumentar significativamente a produtividade e terem níveis mais altos de satisfação no trabalho.

Para esse estudo, 480 consultores do BCG realizaram três tarefas curtas que imitam um pipeline comum de ciência de dados: escrever código Python para mesclar e limpar dois conjuntos de dados; construir um modelo preditivo para investimento esportivo usando as melhores práticas de análise (por exemplo, aprendizado de máquina); e validar e corrigir os resultados da análise estatística gerados pelo ChatGPT e aplicar métricas estatísticas para determinar se as descobertas relatadas foram significativas. Contudo, para executá-las, os participantes foram designados aleatoriamente entre dois grupos, um com acesso a GenAI e outro que não podia utilizar a tecnologia.

Os desafios foram projetados voluntariamente por 44 cientistas de dados da organização e exigiam habilidades que normalmente estão fora da expertise de trabalhadores não técnicos, mas que estavam dentro dos afazeres diários dos especialistas. Além disso, os estudiosos garantiram que a inteligência artificial (IA) não fosse capaz de resolvê-las de forma independente.

A coleta de dados foi realizada em quatro fases: um pré-experimento para avaliar habilidades e atitudes básicas, uma sessão de treinamento personalizada para cada grupo, a conclusão de duas das três tarefas de ciência de dados atribuídas aleatoriamente e uma pesquisa pós-experimento para medir a retenção de conhecimento sem o uso de ferramentas de IA. A partir de então, os resultados dos principiantes foram comparados com os dos voluntários experientes por meio do aferimento das taxas de conclusão, tempo gasto e respostas corretas.

Assim, a pesquisa constatou que pessoas que nunca escreveram código antes foram capazes de atingir 84% da marca estabelecida pelos cientistas de dados, contra 29% dos que trabalharam sem a tecnologia. O resultado aponta que com a tecnologia os consultores foram capazes de expandir instantaneamente sua aptidão para novos afazeres.

"Com isso em mente, os líderes devem adotar a GenAI não apenas como uma ferramenta para aumentar a produtividade, mas como uma tecnologia que equipa os colaboradores para atenderem às demandas de trabalho em mudança de hoje, amanhã e além. Eles devem considerar a GenAI um exoesqueleto: uma ferramenta que capacita os trabalhadores a ter um desempenho melhor e fazer mais do que o humano ou a GenAI pode fazer por conta própria", afirma Santino Lacanna.

O levantamento mostrou ainda que 82% dos consultores que usam a GenAI regularmente para o trabalho se sentem mais confiantes em suas funções e gostam de usar a ferramenta. Além disso, mais de 80% dos participantes concordaram que a GenAI aprimora suas habilidades de resolução de problemas e os ajuda a atingir resultados mais rápido.

"Estamos apenas no começo da jornada de transformação da GenAI, e as capacidades da tecnologia continuarão a se expandir. Os executivos precisam pensar criticamente sobre como planejar esse futuro, incluindo como redefinir a expertise e quais habilidades reter a longo prazo", finaliza Lacanna.

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