Há duas certezas nos dias atuais. A primeira é que estamos em meio a severas mudanças climáticas. E a segunda é que o mundo está cada vez mais competitivo e complexo, o que obriga as companhias a performar mais e mais. E nessa esteira, novas ferramentas, modelagens e inovações são sempre bem-vindas. É o caso, por exemplo, do design.
Ao longo dos últimos anos, o design tem se tornado um elemento crucial, não apenas como ferramenta estética, mas como um verdadeiro modelo mental que permeia a estratégia das organizações. Esse modelo mental, que vai além da aparência e da usabilidade, se baseia em uma profunda compreensão das necessidades dos usuários e dos objetivos da empresa, buscando soluções inovadoras e eficazes para os desafios do mercado.
A chave para o sucesso reside em conectar o design à estratégia da organização. Isso significa integrá-lo em todas as etapas do processo, desde a definição de pré-requisitos de negócio, passando pela concepção de um produto ou serviço, até a sua comunicação e entrega. Pense no design como um fio condutor que orienta a tomada de decisões e garante que as soluções desenvolvidas estejam alinhadas com as necessidades do usuário e os objetivos estratégicos da empresa.
Para que esse modelo mental, com jeito de ferramenta, gere impacto positivo e contribua para o sucesso da organização, é preciso comunicar o seu valor de forma clara e concisa, demonstrando como ele contribui para os resultados da operação.
Em outras palavras, utilizar casos de sucesso, dados e métricas para ilustrar o retorno sobre o investimento em design e o impacto positivo na experiência do usuário valem muito. Porque no fim das contas, a comunicação eficaz do valor dessa ferramenta ajuda a construir uma cultura de valorização e reconhecimento da sua importância estratégica.
Além disso, é fundamental integrar o design à cultura da empresa, incentivando a colaboração entre designers, gestores e outros profissionais. Mas o que isso significa na prática?
Primeiro, promova um ambiente onde a perspectiva do usuário seja sempre considerada e valorizada, incentivando a troca de ideias e o trabalho em equipe. Ao integrar o design na cultura organizacional, você garante que as decisões sejam tomadas de forma mais consciente e estratégica, com foco nas necessidades do usuário e nos objetivos de negócio.
Outro ponto, as métricas de sucesso. Elas são vitais nesse processo. Tanto que elas devem acompanhar o desempenho da solução e medir o impacto do design, promovendo o aprendizado e a evolução contínua da empresa.
Então, utilize dados e evidências para justificar as decisões e demonstrar os resultados alcançados, proporcionando discussões mais ricas e propositivas. A análise constante das métricas permite identificar os pontos fortes e fracos do design, otimizar as soluções e garantir que estejam sempre alinhadas às necessidades do mercado e dos usuários.
O design, portanto, aliado à estratégia corporativa e centrado no usuário, coloca as necessidades e expectativas deste no centro do processo de desenvolvimento. E isso garante que o produto ou serviço seja relevante, fácil de usar e atenda às expectativas do público, trazendo resultados positivos para a organização, como aumento da satisfação, fidelização e engajamento dos clientes, além de fortalecer a imagem da marca e gerar novas oportunidades de negócio.
Vitor Perez, co-fundador da Kyvo e designer, com mais de 15 anos de experiência. Pós-Graduado em Design Centrado no Usuário pela Universidade Positivo, especializado em User Experience Design pela NN/Group e Gestão de Processos e Operações pela Saint Paul.