A Keio University do Japão está realizando uma série de experiências com o propósito de criar uma tecnologia que permita a pessoas que têm algum tipo de deficiência navegar, controlar um avatar ou gerir um negócio no Second Life, através de eletrodos colocados na cabeça. Os eletrodos medem as alterações elétricas associadas à atividade cerebral. Os dados recolhidos são processados e resultam em comandos dados ao avatar.
O professor da universidade e diretor do projeto, Junichi Ushiba, demonstrou recentemente de que forma os eletrodos afixados no couro cabeludo do usuário podem registar as alterações elétricas, associadas à atividade cerebral. Os dados são interpretados por um computador, o que permite que o jogador manipule o seu avatar, sem a necessidade de uso do teclado ou mouse. ?Com essa tecnologia, poderemos tornar as vidas de portadores de deficiência, por exemplo, bastante mais facilitada?, afirmou Ushiba.
Os pesquisadores esperam que a tecnologia possa, um dia, ajudar pessoas com paralisia a ter mais liberdade, usando computadores para fazer tarefas apenas com a força do pensamento.
Ushiba, que dedica parte do seu tempo ao trabalho num centro médico de reabilitação, espera que seja possível testar o sistema com pacientes no próximo ano, uma vez que a invenção ainda está em fase inicial e contém alguns problemas de aplicação. ?A coisa mais importante é a concentração, uma vez que o usuário não pode mesmo pensar em mais nada?, explicou um estudante, que testava o sistema. Perder a concentração no Second Life pode fazer com que o avatar se atire de um penhasco virtual ou caia no mar.