O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet da regional Rio de Janeiro (Assespro-RJ), Ilan Goldman, avalia que o Brasil tem uma oportunidade de ouro com a Copa do Mundo de 2014 para ampliar a cobertura de banda larga nas cidades-sede dos jogos. Ele disse que não acredita, entretanto, no cumprimento da meta de implantação contida no Plano Nacional de Banda Larga.
"Não sei se vai ser viável para o país todo, mas, ao menos para as cidades que vão receber a Copa do Mundo, isso é inevitável. É o ponto de partida, porque a nossa banda larga não é tão larga assim. É um pouquinho estreita", brincou Goldman.
Ele salienta que em razão da Copa do Mundo a conexão em banda larga terá de ser ampliada para atender os locais de realização de jogos, devido ao compromisso assumido pelo governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
O Plano Nacional de Banda Larga prevê investimentos públicos e privados em cinco anos da ordem de R$ 75 bilhões para elevar o número de acessos à internet de alta velocidade no país dos atuais 19 milhões para 90 milhões em 2014. "Você não tem hoje esgoto no país inteiro e vai ter banda larga no país inteiro? Acho que isso aí está um pouco longe. Não dá para acreditar", disse Goldman.
Ele acha que a demora na expansão da abrangência da banda larga tem sua vantagem, na medida em que o mundo está mudando a cada dia e a tecnologia evolui. Goldman acredita que isso implicará em redução de custos e menor complexidade na implantação do plano. "O tempo favorece e o sistema, daqui mais à frente, pode passar a ser uma coisa trivial", raciocina.
Segundo o presidente da Assespro-RJ, o importante é que sejam avaliados os riscos e estudadas as experiências anteriores para que o plano possa ser implantado sem problemas e tenha um alcance maior. "Para nós, quanto mais banda existir no país inteiro, melhor. E com qualidade", concluiu. Com informações da Agência Brasil.
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