Google negocia com Justiça dos EUA liberação da compra da ITA

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O Google está em negociações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) para que o órgão libere a compra da ITA Software, fabricante de software de reserva de voos e passagens aéreas. Há duas semanas, o governo americano decidiu reunir mais informações sobre o negócio, que custou US$ 700 milhões, para averiguar o impacto da aquisição no mercado de agências on-line de viagens.
A intenção do DOJ de bloquear a compra veio depois mais de seis meses de investigações para apurar se a compra da ITA pelo Google viola as leis de livre concorrência dos EUA e afeta a competitividade nos mercados em que as companhias atuam. O governo, segundo informações que circularam em meados de janeiro, quer saber se o site de buscas vai incorporar os serviços da ITA em sua ferramenta ou se a deixará ela funcionar como empresa independente – a primeira opção excluiria outros serviços on-line relacionados a agências de viagem, por isso o negócio pode ser proibido pelo DOJ (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Segundo informações do The Wall Street Journal, o Google enviou ao DOJ uma proposta de cláusula contratual que o impediria de ocultar os dados de voos da ITA de suas concorrentes. Os detalhes da proposta, no entanto, foram considerados complicados demais pelo DOJ, que convocou uma reunião de emergência com Google, Microsoft e as agências on-line Kayak, Expedia, Sabre Holdings e Farelogix, que operam mais da metade das viagens marcadas pela web nos EUA.
Durante a reunião, o Google disse que não pretende entrar no mercado de vendas de passagens aéreas pela internet, apenas fornecer informações sobre voos para seus usuários e inclusive para as vendedoras on-line de passagens. O DOJ, no entanto, já havia demonstrado interesse em tornar o envio dessas informações aos concorrentes obrigatória, por meio de um contrato compulsório que basicamente diria o que o Google pode ou não fazer – proposta que, obviamente, foi recusada pelo site de buscas.
Procurados pelo jornal americano, tanto o DOJ quanto a ITA Software não quiseram comentar o assunto.

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