Mercado de software empresarial ficará etagnado neste ano

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As vendas de software empresarial neste ano se manterão praticamente no mesmo patamar de 2008, com um pequeno incremento de 0,3%, e contabilizar US$ 222,6 bilhões, contra US$ 221,9 bilhões em 2008, segundo o Gartner.
O número é resultado da revisão feita pela consultoria sobre as projeções para esse mercado neste ano, já que no fim do ano passado previa um crescimento do mercado de software da ordem de 6,6%, com faturamento mundial de US$ 226,5 bilhões. O corte nas projeções foi feito em razão do agravamento da crise financeira e a redução nos orçamentos de TI das empresas.
Segundo o Gartner, o segmento de software empresarial, no entanto, tem condições de superar os efeitos da desaceleração econômica de maneira melhor do que na época do estouro da bolha de internet, entre 2001 e 2002. Entre as razões, a consultoria observou que as condições econômicas são bastante diferentes em termos de maturidade, penetração e confiança na tecnologia.
De acordo com Tom Eid, vice-presidente de pesquisa do Gartner, o quarto trimestre de 2008 foi o ponto da virada, criando um ambiente desconfortável de venda para os softwares empresariais, o que deve resultar em vários trimestres difíceis para o mercado neste ano.
"As estimativas atuais nos refletem para uma lenta recuperação econômica, com os gastos com softwares empresariais não retomando patamares maiores antes do primeiro semestre de 2010", afirmou o analista.
O instituto revelou que os fornecedores de software que possuem uma estrutura de canais equilibrada, receitas recorrentes com novas licenças e suporte, e flexibilidade nos contratos, como, por exemplo, o modelo de software como um serviço (SaaS), open source e outsourcing, terão um portifólio amplo e mais opções para manterem o crescimento das receitas neste ano.
Os maiores fornecedores de softwares empresarias podem ser menos vulneráveis ao atual cenário, avaliou o Gartner, por terem uma atuação geográfica mais equilibrada e um importante fluxo de caixa, com o qual podem partir para preços mais agressivos e conquistarem uma maior participação de mercado.
Na visão de Fabrizio Biscotti, diretor de pesquisa do Gartner, todas as geografias sentirão o impacto da desaceleração das despesas com software neste ano. Segundo ele, a maioria dos países maduros sentirá o maior impacto. Já as regiões emergentes sofrerão menos com os efeitos da crise, mas também terão taxas de crescimento mais lentas do que anteriormente previsto, em particular a Europa Oriental, cujas perspectivas têm se deteriorado notavelmente, atestou o analista.

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