No Brasil, apenas 10,5% de seus 82 mil cientistas e engenheiros trabalham no setor privado, realizando atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Na Coréia do Sul, um país do tamanho do Estado de Pernambuco e 50 milhões de habitantes, o setor privado emprega 54% de um total de 94 mil cientistas. Enquanto apenas 4.941 empresas brasileiras fazem alguma atividade de P&D, a Coréia do Sul possui 12 mil centros de pesquisa, a maioria deles em pequenas e médias empresas.
Naquele país, o investimento em P&D representa 1,9% do PIB, que foi de US$ 1 trilhão em 2005. No Brasil, com PIB de US$ 1,5 trilhão, apenas 0,42% vão para P&D.
Apesar de todos os exemplos bem-sucedidos das economias emergentes (Coréia do Sul, Índia, China), a inovação tecnológica ainda é vista no Brasil como custo e não como um investimento necessário para a geração de riqueza. Mas o País tem chance de virar o jogo.
Este debate será aprofundado durante a VI Conferência ANPEI, a ser realizada, de 5 a 7 de junho, no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro.
O evento reunirá empresários, executivos, especialistas estrangeiros e representantes dos ministérios da Ciência e Tecnologia, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Eles participarão de sessões temáticas, entre outras atividades, com o objetivo de traçar um novo paradigma para a inovação tecnológica no Brasil.