Depois de bloquear o acesso ao Facebook por quase duas semanas, uma Corte de Justiça paquistanesa determinou que o governo do país restabeleça o tráfego aos usuários na rede social. Segundo informações do New York Times, o juiz do caso, Ejaz Ahmed Chaudhry, decidiu que o governo não pode determinar a quais informações a população paquistanesa pode ou não ter acesso.
O bloqueio ao acesso foi instituído porque um perfil no Facebook estabelecera um concurso para escolher a melhor charge do profeta Maomé, numa forma de criticar as rígidas regras morais impostas pelo governo do Paquistão. A lei islâmica proíbe imagens do profeta e chamou a ação dos internautas e do Facebook, por permitir tal comportamento, de blasfêmia.
Na decisão, o juiz Chaudhry afirma que o governo paquistanês não pode bloquear o acesso ao Facebook, pois isso seria o bloqueio à informação, mas ordena que as autoridades do país bloqueiem o acesso a determinados conteúdos considerados antiislã. Chaudhry pediu que os especialistas do poder público paquistanês estudem a criação de um sistema central de censura, como o usado pelos Emirados Árabes Unidos.
A Corte vai deliberar sobre o caso novamente no próximo dia 15.
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