A coleta supostamente acidental dos dados de acesso à internet sem fio durante o mapeamento das ruas para o Street View pode fazer parte de um plano do Google para vender mais espaço de publicidade on-line. Segundo reportagem publicada no domingo, 30, pelo jornal britânico Telegraph, o site de buscas coletou as informações dos roteadores Wi-Fi de residências do Reino Unido para criação de uma plataforma para a venda de anúncios baseados em localização.
De acordo com o jornal, os dados seriam armazenados em uma ferramenta de publicidade que localiza aparelhos portáteis com acesso à internet para que os anunciantes possam indicar suas filiais mais próximas aos usuários. O plano estava sendo mantido em segredo até duas semanas atrás, quando uma investigação de um órgão do governo alemão para privacidade on-line descobriu a coleta de informações e o Google foi obrigado a admitir a autoria.
À época, no entanto, o site de buscas alegou que coleta foi feita de forma acidental, por causa de um erro no software usado para que os carros do Street View acessem a internet. O Google disse, ainda, que as entidades reguladoras do setor não foram comunicadas porque "achou que não fosse necessário", por se tratar de "um problema de fácil resolução".
Aos investigadores alemães, o Google informou que foram armazenadas apenas informações de acesso às redes Wi-Fi desprotegidas, e que não coletou nada relacionado aos endereços das pessoas. O gigante das buscas suspendeu, imediatamente, as atividades dos carros do Street View, mas o Telegraph salienta que o mapeamento das ruas do Reino Unido já foi concluído.
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