Esforço do Brasil em ciência e tecnologia precisa ser repensado, diz embaixador

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Ao citar que, enquanto os Estados Unidos aplicam 3% de US$ 15 trilhões em ciência e tecnologia, totalizando US$ 450 bilhões de investimento na área, o Brasil investe cerca de 2% de R$ 1,5 trilhão, ou seja, R$ 30 bilhões, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, chamou atenção para a necessidade de o país redobrar e repensar o esforço em ciência e tecnologia, com a formação de engenheiros.
Segundo ele, somente assim o Brasil poderá crescer e reduzir a taxa de desigualdades com outros países. "Precisamos da formação de estudantes na área de ciências exatas, precisamos de professores de matemática para ampliar o número de profissionais formados em exatas. Esse é um desafio que vamos enfrentar, para reduzir nossa distância em relação a outros países", ressaltou. Pinheiro Guimarães participou da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), encerrada na sexta-feira, 28, em Brasília, que discutiu o Brasil na nova geografia da ciência e inovação global.
De todo modo, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luis Fernandes, vê avanço. Ele afirmou que já se comemorou diversas vezes a progressão do Brasil na produção científica mundial, com o fato de já sermos o 13º país em produção de artigos e revistas indexadas internacionalmente, além do fato de termos passado de 0,4% da produção científica mundial para 2,2%, um valor mais ou menos equivalente a nossa participação do PIB mundial.
"É preciso situar a evolução do Brasil, na nova geografia da ciência, da inovação e do dinamismo econômico global. O País está inserido no contexto do redesenho do mapa global da ciência e da inovação e da produção econômica. A premissa básica desta discussão é o advento e o nosso reconhecimento à era do conhecimento. Ou seja, cada vez mais a ciência, e o conhecimento aplicado à inovação estão no coração dos processos de geração de riqueza e agregação de valor no mundo. Isso torna o tema de ciência, tecnologia e inovação estratégico para qualquer país que queira promover o seu desenvolvimento de maneira sustentável", ressaltou.

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