A transformação digital dos bancos está promovendo uma série de discussões no âmbito da Febrabran. A informação é de Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia e automação bancária da entidade, ao acrescentar que para isso foi formada uma comissão para discutir a regulamentação dos bancos digitais, sem agências físicas, para que as transações tenham garantia jurídica como, por exemplo, a abertura de contas através do envio de documentos e fotos via internet.
Como já tem um banco digital em operação, o Original, e anúncios de abertura de novos bancos baseados no mesmo modelo de negócio no segundo semestre, objetivo é que isso aconteça com procedimentos que tragam segurança às transações e aos clientes.
Outro tema polêmico que está sendo avaliado pela Febraban é uso da tecnologia blockchain, "registros" digitais públicos permanentes de todas as transações financeiras e que funciona para transferência de valores, podendo potencialmente substituir complexos sistemas de clearing. Até agora, a bitcoin, moeda digital — não autorizada pelo Banco Central do Brasil —, é a única aplicação de grande escala e provada da blockchain que está atualmente em uso. Alguns bancos estão realizando teste de natureza interna.
O tema das chamadas "fintechs" (do inglês financial technology), novas startups financeiras, também faz parte das discussões da Febraban, tema que inclusive vai ganhar um dia de discussões entre instituições financeiras, consultorias, fornecedores de tecnologias e empresas inovadoras durante o CIAB 2016, que acontece de 21 a 23 de junho, em São Paulo.