Com o objetivo de entender o comportamento dos consumidores jovens em relação ao dinheiro, a Vocalink, uma empresa Mastercard, elaborou um estudo sobre as atitudes e comportamentos dos jovens entre 18 e 35 anos na América Latina (Peru, Brasil, Chile, Argentina e Colômbia), e mapeou especialmente sua relação com a tecnologia e o dinheiro.
A pesquisa revelou que os jovens brasileiros estão entusiasticamente adotando novas tecnologias, impulsionando os avanços nos pagamentos e criando uma demanda por maior disponibilidade e confiabilidade. Metade dos entrevistados afirmou aceitar todos os tipos de novas tecnologias, enquanto 37% disseram que gostam de ser vistos usando as tecnologias mais modernas. Quase dois terços (63%) disseram que as novas tecnologias facilitam a vida – a maior proporção em todos os mercados pesquisados.
No Brasil, 23% dos jovens indicaram que "não conseguiriam viver sem" seus dispositivos móveis. Mais de 70% dos jovens brasileiros gostariam de poder efetuar pagamentos instantâneos independentemente do provedor de serviços financeiros dos destinatários, 66% usariam um serviço que permitiria que fizessem pagamentos P2P instantâneos via smartphone usando o número de telefone do destinatário. Facilidade e conveniência foram apontadas como os principais benefícios percebidos dessas tecnologias. Os dados reforçam a percepção de que o Brasil é terreno fértil para a evolução dos pagamentos instantâneos, pauta que está em discussão no Banco Central.
Apesar de famintos por novidades, os jovens brasileiros querem garantias de que as transações que fazem sejam seguras. Entre os respondentes, 24% não experimentariam um novo método de pagamento pela preocupação com a segurança, enquanto dois terços indicaram que prefeririam usar a verificação pela impressão digital em vez de assinatura ou PIN para pagar ou sacar dinheiro e 56% prefeririam utilizar verificação pela retina. Outras tecnologias de autenticação, como reconhecimento facial e reconhecimento de voz, também são consideradas preferíveis à assinatura convencional ou o PIN. Curiosamente, 9% dos jovens brasileiros consideram os chips subcutâneos – atualmente não disponíveis – como o método mais seguro de autenticação. Embora não seja uma porcentagem expressiva, é mais do que o dobro do segundo valor mais alto de toda a pesquisa, reforçando ainda mais o apetite dos jovens brasileiros por soluções inovadoras de autenticação.
Com relação à gestão do dinheiro, os jovens brasileiros são mais cautelosos do que muitos de seus pares latino-americanos, sendo que somente 14% dizem que gastam dinheiro sem pensar. Eles querem saber onde está seu dinheiro, quanto possuem, e ter certeza de que qualquer gasto seja debitado imediatamente, para que o saldo exibido seja sempre preciso. 26% deles checam suas contas diariamente e 44% se consideram "muito bons" em administrar seu dinheiro.
Para Sarah Buchwitz, vice-presidente de Comunicação e Marketing da Mastercard Brasil e Cone Sul, os resultados revelam que o Brasil, e o restante da América Latina, é ser terreno fértil para a evolução dos pagamentos com dispositivos móveis. "Como empresa de tecnologia na indústria de meios de pagamento, trabalhamos para que a evolução do mercado seja rápida, equilibrada, com inovação e ampla concorrência. Pesquisas como essa nos fornecem insights valiosos para o desenvolvimento de soluções que tenham às necessidades do consumidor no centro de nossa estratégia", finaliza a executiva.