Diferentemente do Brasil, que ainda estuda a compra de computadores portáteis baratos para uso em educação, o governo da Índia não aceitou a proposta da organização não-governamental One Laptop Per Child (Olpc), ligada ao Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Segundo reportagem publicada em 25 de julho no jornal The Times of India, o secretário de Educação indiano Sudeep Banerjee disse que a idéia dos computadores portáteis pode ser válida, mas o governo da Índia prefere investir em mais professores e em salas de aula. A informação é confirmada pelo laboratório de sistemas integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
A ONG Olpc também fez a oferta à Argentina, Tailândia, China e Nigéria, entre outros países. De acordo com reportagem publicada pela revista InfoWorld, a Nigéria foi o primeiro país a aceitar a oferta e fazer um pedido de compra de 1 milhão de aparelhos, lote mínimo para aquisição. Segundo a Olpc, é necessário ao menos cinco pedidos de 1 milhão de computadores portáteis para que o custo de produção unitário baixe para US$ 100.
Segundo José Aquino, assessor da Presidência da República para esse projeto, em entrevista à Agência Brasil, a proposta feita pela Olpc ainda está em processo de avaliação e o governo brasileiro ainda não assinou qualquer pedido. ?Não aprofundamos [sobre aceitação e prazos de aquisição], por que não existe o produto. Não tem nada fechado ainda, estamos escrevendo o projeto?, afirma.