De janeiro a junho deste ano, o macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em média, contratou cerca de 12,7 mil profissionais por mês em todo o Brasil. No total, foram criados 76.340 novos postos de trabalho. Trata-se de uma crescente que não é interrompida desde junho de 2020.
Os dados são do Monitor de Empregos e Salários da Brasscom, um relatório mensal da entidade, que acompanha as movimentações do mercado de trabalho em tecnologia. As contratações do primeiro semestre representam um crescimento de 4% em relação ao número total de pessoas que estavam empregadas ao fim de 2021 – eram 1,9 milhão.
O aumento em Macrossetor de TIC é significativamente maior do que o restante da economia brasileira. Do fechamento de 2021 até junho de 2022, os empregos nacionais tiveram um crescimento de 2,7%. Os salários em tecnologia também continuam acima da média, com uma diferença de 118% em relação ao salário médio nacional.
O Macrossetor de TIC é formado pelo setor de TIC propriamente dito (empresas de tecnologia), pelo setor de Telecom (operadoras de telecomunicações) e TI in House, que se refere à contratação de profissionais de tecnologia por empresas de outros setores (bancos, comércio eletrônico etc.).
"Os números mostram a resiliência do setor de TIC", afirma o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo. "Ao mesmo tempo, são resultado do grande movimento empreendido pelas empresas de tecnologia para conseguir atender à necessidade dos demais setores, que, em razão da pandemia, tiveram que se digitar ainda mais rapidamente".
Entre junho de 2020 e junho de 2022, o Macrossetor de TIC registrou mensalmente apenas saldos positivos quanto à contratação de talentos. Em 2020 foram criados mais de 50 mil postos de trabalho. Em 2021, o número foi quase quatro vezes maior – com 198,6 mil. "Se a tendência positiva se mantiver no segundo semestre, a expectativa é que o Macrossetor ultrapasse a marca de 2 milhões de trabalhadores até o fim de 2022", anuncia Gallindo.