ICANN debate no Brasil as tendências da internet

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O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade responsável por coordenar e integrar as iniciativas de serviços da internet no país, organiza em São Paulo o próximo encontro da ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), entidade responsável pelo gerenciamento de nomes de domínios, endereçamento IP, servidores-raiz e protocolos da internet no mundo. O evento acontece no Hotel Transamérica, de 2 a 8 de dezembro de 2006, e contará com a presença de autoridades e nomes importantes da internet mundial, como Vint Cerf, presidente do board da ICANN, e Steve Crocker, presidente do comitê de segurança e estabilidade da internet.

Promovida três vezes por ano, sempre em um continente diferente, a reunião acontece no Brasil pela segunda vez ? a primeira foi no Rio de Janeiro, em 2003. Segundo Demi Getschko, conselheiro do CGI.br e um dos diretores da ICANN, o fato do encontro internacional ser realizado novamente no país mostra que o Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional quando o assunto é internet. "Essa é uma ótima oportunidade para os brasileiros estarem próximos das discussões mais importantes sobre a Internet no mundo, num momento em que a rede no Brasil está estruturada e em crescimento."

Entre os temas que serão discutidos, destacam-se o novo acordo da ICANN com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, os resultados da primeira reunião do Internet Governance Forum (realizado de 30/10 a 02/11, em Atenas), a revisão da política para nomes de domínios genéricos, o planejamento estratégico trianual, os endereços IPv6 e os domínios internacionalizados (IDNs).

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR ( NIC.br – http://www.nic.br ), entidade civil sem fins lucrativos criada para implementar as decisões e os projetos do CGI.br, anunciou em outubro um acordo com o Registro de Endereçamento de Internet para a América Latina e Caribe (LACNIC) para a distribuição de IPv6 no Brasil. Com a parceria, o NIC.br terá autonomia no fornecimento do IPv6, como já acontece com IPv4 desde 1994. Assim, os brasileiros interessados em endereços Ipv6 podem pedi-los diretamente ao registro brasileiro.

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