Ações da Apple caem após saída de executivos da empresa

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Meses depois de suas ações ultrapassarem, pela primeira vez, a marca de US$ 600 na bolsa eletrônica Nasdaq, a Apple viu o preço de seus papéis caírem mais de 2,5% e chegar a US$ 587,7 nesta quarta-feira, 31. Por volta das 14h (horário de Brasília), o valor das ações apresentou ligeiro crescimento, sendo cotadas a US$ 593,1 cada.

A queda ocorre um dia após a companhia confirmar mudanças em sua diretoria, com a saída do executivo-chefe do sistema operacional iOS, Scott Forstall, que trabalhou na Apple durante 15 anos e será sucedido por Jonathan Ive, chefe do departamento de design. Sua saída foi motivada pelo fracasso com o serviço de mapas da empresa. Em junho, a Apple divulgou que abandonaria o uso do Google Maps na atualização do sistema operacional para dispositivos móveis, o iOS 6, substituído pelo desenvolvimento feito por uma equipe interna, liderada por Forstall. O trabalho foi feito em cima do conteúdo fornecido pela holandesa Tom Tom.

O problema é que o novo serviço, quando disponibilizado para os usuários, revelou diversas falhas graves de execução. Os mapas estavam incompletos, com erros no direcionamento de endereços simples, mesmo em grandes cidades como Nova York e São Francisco. Além disso, tinham erros grotescos nas imagens de ruas e avenidas, conforme amplamente divulgado pelos usuários.

Forstall teria se recusado a pedir desculpas aos consumidores pelo fiasco. Assim, o CEO da Apple, Tim Cook, assinou um comunicado divulgado pela empresa logo após o lançamento do iOS 6, sugerindo que as pessoas utilizassem serviços da concorrência para suprir a má-qualidade de seu produto.

Além de Forstall, a fabricante também anunciou a saída do diretor da parte de lojas de varejo, John Browett. Essas mudanças, segundo analistas ouvidos pelo blog de tecnologia All Things Digital, pegou os investidores de surpresa e podem ter influenciado a baixa nas ações. Apesar da queda, os analistas se mostraram confiantes em relação às perspectivas da Apple daqui para frente. “Acreditamos que se a empresa pode ser bem sucedida sem Steve Jobs, pode ser bem sucedida sem Scott Forstall”, afirmou Brian Marshall do ISI Group, referindo-se a um dos executivos que deixaram a companhia.

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