Rumores de que a canadense Mitel Networks está em fase adiantada de negociações para comprar a rival Plycom levaram as ações das duas empresas registrarem forte alta na manhã desta quarta-feira, 6, na bolsa de tecnologia Nasdaq. Os papéis da Polycom, que fornece soluções de colaboração baseadas em voz, vídeo e conteúdo, subiram mais de 8%, negociadas a US$ 11,72, enquanto as ações da empresa canadense de comunicações unificadas tiveram alta de 4,16%, cotadas a US$ 8,02.
O anúncio oficial do negócio deve ser feito na próxima semana, noticiou a Bloomberg, citando fontes com conhecimento do assunto. Ainda de acordo com as fontes, a Mitel se propõe a pagar US$ 12,50 por ação da Polycom, o que, se confirmado, representará um prêmio de cerca de 15% sobre o preço de fechamento das ações da empresa na terça-feira, 5, que foi de US$ 10,84. A Polycom, com sede em San Jose, na Califórnia, tem valor de mercado de cerca de US$ 1,5 bilhão, enquanto a Mitel, com sede em Ontário, no Canadá, vale cerca de US$ 930 milhões.
Em outubro do ano passado, o Elliott Management Corp., fundo de hedge que é administrado pelo controvertido bilionário Paul Singer, adquiriu cerca de US$ 100 milhões em ações das duas empresas e defendeu publicamente que elas fundissem suas operações. Na época, o fundo argumentou que as empresas enfrentam forte concorrência de rivais mais fortes, como a chinesa Huawei Technology e a Cisco Systems, e por isso deveriam se unir para ganharem participação de mercado.
Em seu relatório, o Elliott Management diz que a empresa resultante da fusão teria receita superior a US$ 2,5 bilhões, por meio da ampliação da oferta integrada de produtos, e ganharia maior escala para competir com gigantes como a Cisco. O fundo também defendeu o corte de custos e propôs que ele seja semelhante ao feito quando da aquisição da Aastra Technologies, em 2014, pela Mitel, que posteriormente reduziu a despesa total da empresa em 7,5%.
O fundo Elliott Management possui 6,6% das ações da Polycom, o que faz dele um dos maiores acionistas da empresa, que também é a segundo maior investidora da Mitel, com uma participação de 9,6%.
Procuradas pela agência de notícias, nem a Mitel nem Polycom responderam ao pedido para comentar o assunto.