IBM adquire 12 empresas neste ano, mas retorno financeiro ainda é bastante inexpressivo

0

A IBM realizou 12 aquisições neste ano, sendo que pelo menos três delas foram fornecedoras de serviços e soluções de computação em nuvem. No início do ano, ela comprou a Blue Box, fornecedora de soluções de nuvem privada, que permite às empresas implantar ambientes de nuvem privada ou híbrida, e a Compor, para expandir os serviços de dados em nuvem. Em outubro, assinou um acordo para adquirir a Cleversafe, fabricante de software e sistemas de armazenamento de dados.

Além de investir no segmento de cloud, a gigante da tecnologia adquiriu também várias empresas das áreas de medicina e saúde. A última delas, realizada em agosto, foi a empresa de imagens médicas Mesclar, pela qual pagou US$ 1 bilhão, cujos sistemas de análise fornecem informações aos médicos sobre raios X, imagens e documentos de medicina que podem ser compartilhados através de impressão em série.

No início do ano, ela já havia adquirido as empresas Explorys e Phytel, reconhecidas pelas soluções de aplicação de dados e análise de big bata para ajudar a melhorar a qualidade da saúde para indivíduos e grandes grupos populacionais. O sistema da Explorys conecta prestadores de serviços de saúde para que migrem seus dados para a nuvem e executarem análise de dados, enquanto o software de Phytel permite aos médicos gerenciar pacientes.

A plataforma de suporte a todos esses sistemas é o Watson, sistema de computação cognitiva no qual a IBM continua investindo e aperfeiçoando para que simule os processos do pensamento humano de observação, interpretação, avaliação e tomada de decisão, com objetivo de ajudar a automatizar processos em vários setores.

Em janeiro do ano passado, a IBM investiu US$ 1 bilhão para criar uma nova unidade de negócios para o Watson, a Watson Business Group, e reformular o sistema de aprendizagem de linguagem natural e suportar os serviços de análise em nuvem para a indústria farmacêutica, varejo, bancos, mídia e educação. IBM diz que saúde será uma de suas maiores áreas de crescimento ao longo dos próximos dez anos. Assim, em abril deste ano, ela lançou o Watson Saúde, sua primeira oferta específica para vertical de medicina e saúde.

A IBM também firmou uma série de parcerias na área de saúde como, por exemplo, com a fabricante de dispositivos médicos Medtronic, Johnson & Johnson e Apple. No ano passado, ela colaborou com a Apple para desenvolver 100 aplicativos corporativos para ajudar a fazer a interface com conjuntos de dados de saúde, trazê-los para Watson Saúde na nuvem e fornecer serviços de saúde.

Resultados decepcionantes

Mas, apesar desses movimentos muito interessantes, levantamento feito pelo Seeking Alpha, site especializado no mercado financeiro, o mercado, especialmente Wall Street, continua aguardando por resultados positivos. Na quinta-feira, 10, por exemplo, as ações da IBM fecharam negociadas a US$ 136,78, e nesta sexta-feira encerram o pregão na Bolsa de Nova York cotadas a US$ 134,57, queda de 1,62%. A maior valorização dos papéis da empresa ocorreu há 52 semanas, quando foram vendidos a US$ 176,30, em maio, e a maior foi no mês passado, quando valiam US$ 131,65.

Além disso, a receita da IBM tem apresentado declínio há 14 trimestres consecutivos, apesar do esforço da companhia para direcionar o foco para a nuvem, Internet das Coisas, inteligência artificial e big data/analytics. A receita do terceiro trimestre deste ano da IBM diminuiu 13,9%, recuando de US$ 22,39 bilhões para US$ 19,30 bilhões.

A receita global com serviços de tecnologia caiu 10,2%, para US$ 7,93 bilhões, enquanto a receita com serviços de negócios declinou 13,1%, para US$ 4,20 bilhões. A receita com software recuou 10%, para US$ 5,13 bilhões, e a receita com hardware caiu 38,7%, para US$ 1,49 bilhão. A receita com financiamento reduziu 8,1% para US$ 447 milhões.

Durante o terceiro trimestre, a receita de seus segmentos estratégicos — nuvem, analytics, social, mobilidade e segurança — cresceu 27% no ano calendário e 30% no ano fiscal. A receita com nuvem aumentou 65% e analytics, 20%. O negócio de segurança teve aumento de 12% e social cerca de 40%. O negócio de mobilidade quadruplicou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.