A fabricante chinesa de eletrônicos Foxconn afirmou nesta quinta-feira, 12, que resolveu o impasse com os empregados da fábrica localizada em Wuhuan, na região central da China. Cerca de 150 trabalhadores ameaçavam saltar da cobertura de um dos prédios da planta industrial por causa das mudança de funções realizadas pela empresa. Eles haviam sido transferidos para a linha de produção de gabinetes de PCs e reclamavam de falta de treinamento, sujeira, pagamento parcelado de salários e rotina desumana de trabalho.
De acordo com comunicado enviado à imprensa internacional, a Foxconn disse ter fechado um acordo com os empregados, que, segundo ela, já voltaram ao trabalho. Os detalhes do acordo não foram divulgados. A fabricante produz componentes e equipamentos em regime de terceirização para gigantes como Apple, Sony, HP e Dell, entre outras gigantes de tecnologia, e vem sendo constantemente pressionada por essas empresas para melhorar as condições de trabalhos em suas unidades.
Esta não é a primeira vez que a Foxconn enfrenta casos relacionado a suicídio de funcionários devido más condições de trabalho. Em 2010, uma onda de 11 suicídios de empregados chamou atenção de todo o mundo sobre os problemas na empresa, o que culminando no aumento dos salários e inspeção de alguns clientes.