O aplicativo de caronas Uber, que viabiliza corridas particulares unindo motoristas autônomos e passageiros, anunciou nesta sexta-feira, 12, que planeja investir US$ 1 bilhão na China neste ano, aumentando a sua aposta num mercado que tem sido difícil de decifrar para a maioria das empresas de tecnologia dos Estados Unidos.
Em uma carta a investidores, o CEO do Uber, Travis Kalanick, disse que a China é uma prioridade, já que ele estima ter conquistado cerca de metade dos motoristas autônomos no país. "Os nossos motoristas já realizam quase 1 milhão de viagens por dia", escreveu ele.
A favor do Uber está o fato de o mercado de caronas na China ter apenas um concorrente local, da empresa Didi Kuaidi Joint Co. O rival chinês foi criado em fevereiro deste ano e é resultante da fusão de duas empresas desenvolvedoras de apps de caronas, de US$ 6 bilhões, o que lhe garante o domínio do mercado. A Didi Kuaidi anunciou em maio que vai investir até US$ 161 milhões para subsidiar motoristas que queiram se integrar à sua plataforma para oferecer serviços que vão desde caronas comuns até passeios em carros de luxo.
Em sua carta, o CEO do Uber também disse que está estuando levantar capital para a operação na China e poder competir com a Didi Kuaidi, que tem entre seus investidores os gigantes chineses de internet Alibaba Group Holding e a Tencent Holding. "A unidade UberChina está pronta para o processo de captação de recursos e deve realizar a sua rodada de investimentos no próximo dia 22", diz Kalanick na carta.
O executivo não disse o quanto o UberChina pretende levantar. O que se sabe é que a empresa está em meio a um esforço mais amplo para levantar até US$ 2 bilhões, o que pode elevar o valor de mercado da empresa em mais de US$ 50 bilhões, segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram ao The Wall Street Journal.