O Yahoo solicitou ao Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira dos Estados Unidos autorização para divulgar ao público o número de pedidos de vigilância que recebeu e as negativas ao governo americano, em 2008. Segundo a versão online do Mercury News, maior jornal do Vale do Silício, na Califórnia, os documentos mostrariam que a empresa se opôs "energicamente" às exigências das agências de inteligência e órgãos segurança para terem acesso a informações de usuários.
Segundo o Yahoo, seu argumento contra coleta de dados foi rejeitado em uma decisão de quatro anos atrás, que deu ao governo o poder de persuadir outras empresas de tecnologia a cumprirem os pedidos por informações, segundo relatam especialistas na área legal ao Mercury News. Além disso, a empresa estava proibida de revelar que era obrigada a colaborar até o ano passado.
Caso o Yahoo consiga divulgar os documentos, os especialistas acreditam que será um grande passo para esclarecer os argumentos contra o programa de vigilância ultrassecreto denominado Prism.
O pedido do Yahoo segue aos de outras empresas acusadas de participarem do programa. O Google e a Microsoft, por exemplo, apelaram à Primeira Emenda da Constituição pedindo permissão para revelar números gerais sobre os pedidos de informação que eles receberam dentro dos programas nacionais de segurança.