A Stefanini, fornecedora de soluções e serviços de TI, anunciou nesta sexta-feira, 13, um plano agressivo de crescimento mundial para os próximos três anos, quando pretende atingir faturamento de R$ 4 bilhões. Neste ano, considerado pela empresa como um período de reorganização em termos de oferta e eficiência operacional, a projeção da companhia é faturar R$ 2,11 bilhões, o que representa um crescimento de 11% em relação ao ganho de R$ 1,9 bilhão alcançado no ano passado.
Para dobrar de tamanho até o fim de 2016, a Stefanini vai investir R$ 400 milhões, cifra que será destinada a novos escritórios (hoje são 76 em todo o mundo), tecnologia, gestão, treinamento, bem como em aquisições. Somente em 2012, a empresa adquiriu duas companhias brasileiras: a Woopi, especializada em aplicativos e softwares para o mercado digital, e a Orbitall, processadora de cartões.
No ano que vem, parte do montante será direcionada a um novo centro de inovação, o segundo da empresa no mundo e o primeiro fora do Brasil, que deve ser inaugurado entre o primeiro e o segundo trimestre, segundo informou o CEO global da Stefanini, Marco Stefanini. "Mais do que desenvolver soluções inovadoras, nosso principal objetivo será propor um modelo de negócio", declarou. Ainda de acordo com o executivo, a empresa expandirá suas operações na Ásia, um de seus maiores mercados junto com os Estados Unidos.
Brasil
Na operação brasileira, a estratégia da Stefanini está assentada em quatro pilares: social, mobilidade, analytics/big data e cloud. Baseada nessas tecnologias, a oferta da empresa foi desenhada para levar aos clientes soluções específicas para suas necessidades e objetivos de negócio. Na área social, por exemplo, a Stefanini presta, além do serviço de consultoria, assim como nas demais áreas, suporte para implantação e desenvolvimento de redes sociais corporativas, bem como gestão de conteúdo para as mesmas.
Sem fazer projeções de crescimento ou faturamento para este ano, o CEO da companhia apenas acrescentou que planeja abrir duas novas empresas em áreas estratégicas no país no ano que vem, porém sem divulgar mais detalhes. "Hoje, o mercado brasileiro representa entre 35% e 40% da receita mundial da Stefanini. Nosso objetivo é que a divisão chegue a 50% Brasil e 50% internacional", comentou Stefanini. A principal vertical da operação nacional, segundo ele, é a de finanças (30% da receita no país), seguida por manufatura (20%) e telecomunicações (10%). Saúde e varejo, apesar de não terem ainda grande representatividade na receita da empresa no Brasil, são segmentos que têm crescido com o aumento de novos contratos.