Constantemente questionado por analistas sobre sua capacidade de gerar receita e se tornar um negócio sustentável, o Snapchat deve receber um aporte que poderá elevar o seu valor de mercado em até US$ 19 bilhões, de acordo com uma pessoa que acompanha as negociações disse à Bloomberg News.
Segundo a mesma fonte, a expectativa do aplicativo de mensagens móveis com fotos é levantar até US$ 500 milhões com a nova rodada de investimentos. Se isso se confirmar, o valor mercado do Snapchat irá praticamente dobrar em relação ao ano passado, quando a empresa estava avaliada em US$ 10 bilhões.
Apenas algumas startups são avaliadas em dezenas de bilhões de dólares: o Uber, que conecta passageiros a motoristas, que passou a valer US$ 40 bilhões, e a Xiaomi, fabricante de smartphones, responsável por 12,5% das vendas de celulares na China, que está avaliada em US$ 45 bilhões. O Snapchat já começa, inclusive, a rivalizar com o WhatsApp, adquirido pelo Facebook no ano passado por quase US$ 22 bilhões.
Fundado em 2011 por três estudantes da Universidade de Stanford, na Califórnia, o Snapchat atrai usuários de smartphones por sua capacidade de enviar mensagens de texto com fotos ou vídeos e que depois desaparecem. Uma mensagem típica não dura mais que 10 segundos; os usuários podem enviar mensagens para muitas pessoas ao mesmo tempo.
Em 2013, Evan Spiegel, um dos fundadores e CEO do Snapchat, rejeitou uma oferta de US$ 3 bilhões de Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook.
O Snapchat não revela quantas pessoas usam regularmente o seu aplicativo, que está disponível para o iPhone e dispositivos que operam com o Android, do Google. A empresa apenas diz que seus usuários enviaram mais de 700 milhões de "snaps" diariamente.
