A Kodak ganhou aprovação judicial na última terça-feira, 20, do Tribunal de Falências para o distrito Sul de Nova York, para sair da concordata, encerrando um período de 19 meses de insolvência. Ao confirmar o Plano de Reorganização, o tribunal declarou que "será extremamente valioso para a empresa sair do Capítulo 11, e começar a recuperar a sua posição no panteão das empresas americanas."
O juiz Allan Gropper, responsável por autorizar o plano da Kodak para sair da falência, denominou a crise da companhia como "uma tragédia da vida econômica norte-americana", que levaria a muitos pensionistas perder os benefícios de aposentadoria e deixar os credores da empresa com apenas "uma fração de minutos" do que lhes era devido, segundo informa o jornal britânico Financial Times.
Depois de cortar custos com a venda de patentes digitais e de grande parte de suas operações, como a de serviços de fotografia online, a nova Kodak se concentrará em clientes corporativos em vez dos mercados consumidores, especializando-se em impressão. "Passaremos da emergência como uma empresa líder em tecnologia servindo grandes e crescentes mercados de imagens comerciais — tais como impressão funcional, comercial e de serviços profissionais e embalagem — com uma estrutura mais enxuta", afirmou Antonio M. Perez, presidente e CEO da Kodak, em comunicado.
A empresa deve finalizar os aspectos restantes da sua reorganização e emergir do Capítulo 11 no dia 3 de setembro, quando seu Plano de Reorganização entrará em vigor.