A onda de ataques cibernéticos a grandes corporações, como os desferidos contra a Sony Entertainment e a Anthem, uma das maiores companhias de seguro-saúde dos EUA, que resultou no roubo de milhões de senhas de clientes, já começa a ter reflexos negativos para as empresas de segurança digital.
O sinal mais claro disso foi o rebaixamento pelo banco JP Morgan da recomendação para as ações da CyberArk para a categoria "underweight" (abaixo da média do mercado), reiterando que o preço-alvo dos papéis da empresa não deve superar os US$ 42.
"Fechando a pouco mais de US$ 70, as ações [da empresa de segurança] estão sendo negociadas a cerca de 9,7 vezes o valor projetado, no melhor cenário, para as receitas em 2016 (…) Não é que pensamos que a empresa não pode chegar a esse patamar, mas este nível parece já levar em conta circunstâncias favoráveis", diz o banco em seu relatório.
Analistas de mercado classificam as condições gerais para as empresas de segurança digital como desafiadoras, já que os ciberataques vêm aumentando em um ritmo sem precedentes e os danos estão ficando maiores e mais significativos, além de cada vez mais sofisticados, diversificados e perigosos.
O impacto negativo sobre os papéis das empresas do setor é notório. As ações da CyberArk, por exemplo, que são negociadas na Nasdaq, registravam queda de cerca de 15% nesta segunda-feira, 23, cotadas a US$ 59,86, por volta das 16h20 (horário de Brasília). A sequência de baixa também se manteve para os papéis da FireEye e da Vasco Data Security. As ações desta última recuavam 5,04% no mesmo período, negociadas a US$ 26,19, enquanto as da FireEye registravam baixa de 5,03%, vendidas a US$ 43,82.
A variação negativa também pode ser verificada nos papéis da Palo Alto Networks e da Imperva. Negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE), as ações da Palo Alto eram negociadas a US$ 137,59, por volta das 16h20, recuo de 2,84%, e as da Imperva estavam cotadas a US$ 47,26, queda de 3,67%. Com informações de agências de notícias internacionais.