O mercado mundial de telefones celulares registrou crescimento de 4% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a IDC. No total, foram embarcados 418,6 milhões de aparelhos entre janeiro e março, contra 402,4 milhões de unidades em igual período do ano passado. No segmento de smartphones, a IDC diz que foram distribuídos 216,2 milhões de aparelhos no primeiro trimestre, o que representa mais da metade (51,6%) das remessas de celulares. No primeiro trimestre de 2012, os smartphones responderam por 38% do total, com 152,7 milhões de unidades. Esta é a primeira vez que os smartphones ultrapassaram os celulares comuns, chamados de "feature phones".
O relatório mostra que a Samsung manteve a liderança no mercado de smartphones em todo o mundo. Entre janeiro e março, a fabricante coreana vendeu mais smartphones do que Apple, LG, Huawei e ZTE juntas. A Samsung comercializou 70,7 milhões de celulares, enquanto a Apple vendeu 37,4 milhões de unidades e a Huawei e a ZTE, 9,9 milhões e 9,1 milhões, respectivamente. A Samsung registrou 32,2% de participação de mercado, percentual bastante confortável em relação à Apple, que ficou 17,3% de market share. A Huawei obetev uma fatia de 4,6% e a ZTE, 4,2%.
O volume de remessas da Apple cresceu graças ao iPhone 5, com alta anual de 6,6%. Apesar disso, sua participação nesse segmento caiu de 23% para 17,3% no intervalo de um ano. A IDC alerta que a última vez que a fabricante do iPhone apresentou uma taxa de crescimento anual de apenas um dígito foi no terceiro trimestre de 2009. Já a LG tem motivos para comemorar, pois voltou ao ranking dos cinco maiores fabricantes de smartphones, após dois trimestres afastada. Para o IDC, o crescimento da LG foi impulsionado, em grande parte, por seu portfolio de smartphones 3G, ou seja, a linha L e o Nexus 4. Dispositivos com LTE habilitados, incluindo a linha Optimus G, também contribuíram para o bom resultado. LG espera continuar sua trajetória ascendente, com o lançamento da linha F, mantendo a estratégia de alcançar os consumidores que compram smartphones de entrada.
A IDC aponta para a melhora da Huawei, que quase dobrou seus embarques para mercados fora da Ásia e do Pacífico, em que tem mais força. A ZTE continua com uma forte presença nessa região e na América do Norte, mas tem atuação tímida na América Latina. Com a meta de aumentar a receita do smartphone em 30% este ano, a ZTE vai tentar crescer na América do Norte e Europa. Na China, a fabricante deve apostar em seus produtos de maior preço.