Uma semana após ter feito uma oferta de cerca de 600 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 5,1 bilhões) para adquirir a fabricante japonesa de eletrônicos Sharp, a Foxconn, principal fabricante em regime de terceirização do iPhone da Apple, decidiu aumentar o valor da proposta pela empresa em cerca de 10%. A quantia agora é de 659 bilhões de iuans (US$ 5,45 bilhões).
A Foxconn se ofereceu para comprar 225 bilhões de iuans (cerca de US$ 34 bilhões) em ações preferenciais detidas pelos bancos Mitsubishi UFJ Financial Group e o Mizuho Financial Group, os dois principais credores da Sharp para os quais ela deve entre 500 bilhões de ienes e 600 bilhões de ienes. As ações preferenciais foram emitidas pelos bancos no ano passado depois de socorreem a Sharp, em dificuldades financeiras, pela segunda vez em três anos.
A Foxconn também se ofereceu para assumir dívidas bancárias da Sharp, que totalizam cerca de 700 bilhões de iuans (cerca de US$ 100 bilhões). A oferta da Foxconn, que também inclui 45 bilhões de iuans (US$ 6,9 bilhões) pela fábrica de displays de LCD da companhia instalada em Sakai, no Japão, é maior do que a oferta de US$ 2,6 bilhões da concorrente Innovation Network, um fundo de investimento apoiado pelo governo japonês, que tem a preferência das autoridades que não querem a Sharp sob controle estrangeiro.
O presidente da Foxconn, Terry Gou, viajou para o Japão nesta semana para se reunir com funcionários do governo e a expectativa é que ela faça uma apresentação ao Conselho de Administração da Sharp em Osaka, neste sábado, 30, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto pelo The Wall Street Journal.