Microsoft e Yahoo fecham acordo na área de buscas

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A novela chega ao fim. Após cerca de um ano de negociações, a Microsoft e o Yahoo anunciaram nesta quarta-feira, 29, que fecharam acordo na área de buscas pela web, com o intuito de tentar desbancar a liderança do Google.

Conforme os termos do acordo, a gigante de software adquire uma licença exclusiva por dez anos sobre as tecnologias de buscas pela web do Yahoo e será responsável por administrar esses serviços, integrando-os ao Bing, que se tornará a plataforma de busca algorítmica e paga para os sites do Yahoo.

O site de buscas, por sua vez, comandará as vendas de anúncios on-line para os portais das duas empresas e a Microsoft, por meio de compartilhamento da receita com tráfego na internet, pagará ao Yahoo uma taxa inicial de 88% das receitas obtidas com as ferramentas de buscas e sites do Yahoo e afiliados nos primeiros cinco anos. 

Com o negócio, o Yahoo estima que elevará o seu lucro operacional anual em cerca de US$ 500 milhões, além de reduzir em aproximadamente US$ 275 milhões os investimentos na ferramenta de buscas, que agora ficarão a cargo da Microsoft. 

Entretanto, cada empresa manterá sua força de vendas e os negócios de publicidade separados. Além disso, o acordo não engloba produtos e propriedades na web de cada empresa e outros serviços como mensagens instantâneas, publicidade em banners e e-mail.

O acordo ainda está sujeito a aprovação de órgãos reguladores e a previsão é que seja concluído até o início de 2010. A demora para a conclusão do negócio teve como principal causa o fator financeiro. Na primeira proposta, há cerca de um ano, a Microsoft havia oferecido uma quantia inicial à vista e uma participação anual sobre a receita de publicidade on-line inferior a feita desta vez, de 88%. Entretanto, agora a Microsoft não fará nenhum pagamento à vista.

A Microsoft pondera que com as tecnologias de buscas do Yahoo, o Bing ganha mais força para disputar o mercado de buscas pela internet. Com a união, a gigante do software e o Yahoo responderiam juntos, em junho, por 28% do total de buscas realizadas nos Estados Unidos, contra participação de 65% do Google.

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