O presidente Barack Obama vai propor na próxima semana iniciativas para reforçar a segurança online e melhorar o acesso à internet dos Estados Unidos, segundo anunciaram funcionários da Casa Branca no último sábado, 10. Embora se aplique apenas nos Estados Unidos, a medida será válida para proteger clientes do mundo todo.
Dentre as propostas de lei a serem apresentadas estão maior proteção contra roubo de identidade, proteção da privacidade, reforço da cibersegurança para empresas públicas e privadas, além da ampliação do acesso a conexões de banda larga de alta velocidade em todo o país. As iniciativas fazem parte de uma prévia divulgada pela Casa Branca do discurso anual do Estado da União, programado para o dia 20 de janeiro.
As novas medidas exigirão ainda que as empresas divulguem ao público, em um prazo máximo de 30 dias, se seus dados foram roubados, juntamente com a data do ataque e explicações de como as vítimas podem ser afetadas. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), por sua vez, poderá emitir sanções às empresas que não cumprirem.
A preocupação com a segurança cibernética americana aumentou após o recente ataque hacker à Sony Pictures Entertainment, que culminou no roubo de documentos e destruição de dados, e que o governo dos Estados Unidos concluiu ter sido uma ação do governo norte-coreano. O ciberataque levou ao cancelamento da estreia do filme "A Entrevista", com Seth Rogen e James Franco, o que deve causar um prejuízo de cerca de US$ 200 milhões ao estúdio. O enredo do filme é sobre um plano de dois jornalistas recrutados pela CIA para exterminar o líder norte-coreano.
Funcionários do governo americano esperam que a gravidade do problema convença o congresso dos EUA a aprovar o projeto de cibersegurança, do qual Obama busca aprovação pelos últimos três anos. Com informações de agências internacionais.