O Alibaba registrou lucro e receita maiores que o esperado no último trimestre de 2015, apesar da desaceleração econômica na China. O resultado contribui para amenizar a preocupação do mercado decorrente de arrefecimento da segunda maior economia do mundo.
O lucro líquido do gigante chinês do comércio eletrônico no período teve crescimento de 108%, para 12,4 bilhões de iuans (o equivalente a US$ 1,9 bilhão), contra cerca de 5,9 bilhões de iuans (US$ 900 milhões) registrados em igual trimestre de 2014. A receita aumentou 32% e atingiu 34,5 bilhões de iuans (US$ 5,3 bilhões).
As vendas online na China responderam por 86% da receita, totalizando US$ 4,4 bilhões, enquanto a venda para o exterior representou 6% da receita e somou US$ 318 milhões. O volume bruto de mercadoria (GMV) — medida do valor de vendas on-line — foi de US$ 112 bilhões (713 bilhões de iuans) no trimestre.
No período, a empresa também fechou um acordo de aproximadamente US$ 900 milhões para vender sua participação na Meituan-Dianping, maior site da China de pedidos de refeições, venda de tíquetes de cinema, teatro e shows, entre outros serviços sob demanda.
"Tivemos um grande trimestre, com forte crescimento em todas as nossas métricas operacionais", disse o presidente-executivo (CEO) do Alibaba, Daniel Zhang. "O envolvimento do usuário é muito saudável. Estamos ganhando no varejo online móvel", ressaltou. De fato, a receita da empresa com o e-commerce móvel somou US$ 2,8 bilhões, mais de 50% da receita total.
O Alibaba, que no ano passado lançou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), na Bolsa de Nova York, tem sido alvo de preocupações em decorrência da desaceleração do crescimento na China e do ritmo mais lento de expansão internacional. Um sintoma disso é que, apesar do bom desempenho trimestral, as ações da empresa tiveram queda de 3,77% nesta quinta-feira, 28, negociadas a US$ 66,92 na Bolsa de NovaYork.