O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, assinaram memorando de entendimento com vista a constituição da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A sociedade alemã é apontada como a maior organização de pesquisa aplicada da Europa e exemplo de instituição de excelência na promoção da pesquisa e da inovação. Parceira do governo e do setor empresarial, ela é constituída por mais de 80 unidades de pesquisa na Alemanha e tem servido de modelo para a criação da Embrapii no Brasil.
No evento de assinatura, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, reforçou a ideia original do projeto de estender para a indústria a experiência “exitosa da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa)”. Segundo o ministro, o objetivo é tornar os institutos certificados pela Fraunhofer referências para atender as demandas específicas da indústria.
Seis instituições brasileiras foram certificadas até o momento para atuar na Embrapii. Três delas já participam de projeto piloto: o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT-USP), na área de bionanotecnologia, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI – RJ), na área de saúde e energia (gás/petróleo) e a Faculdade de Tecnologia do Senai-Bahia (Cimatec), na área de automação manufatura. As outras três são a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi – SC), na área de engenharia, a Incubadora de Empresas (Coppe/UFRJ – RJ), na área de tecnologia pré-sal; o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC – RS), no polo calçadista.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Ronaldo Mota, explicou que o memorando materializa uma relação já existente com a instituição alemã. “A partir desta materialização do memorando a gente tem condições de avançar muito mais rápido. Todo esse contorno associado ao piloto [em curso] é que vai dar a base para o que será a Embrapii”, disse, lembrando que a iniciativa ainda será apreciada pelo Congresso Nacional.