A IBM vai investir cerca de US$ 1 bilhão nos próximos quatro ou cinco anos no sistema operacional Linux e em tecnologias relacionadas de código aberto. O objetivo é alimentar sua linha de servidores Power Systems, baseados na tecnologia de chip de mesmo nome. Segundo o Digits, blog ligado ao The Wall Street Journal, a fabricante já havia aplicado o mesmo montante em 2000 para apoiar essa tecnologia e, desde então, o Linux se tornou o sistema operacional principal de muitos servidores.
Brad McCredie, vice-presidente de desenvolvimento do IBM Power, destacou que o montante será aplicado em instalações e na equipe de desenvolvimento para ajudar os usuários a migrarem para o Linux. Também faz parte do planejamento a construção de um centro em Montpellier, na França, além de uma instalação de desenvolvimento na nuvem, por meio da qual clientes poderão obter ajuda remota sem custo adicional para construir e testar as aplicações em Linux.
O anúncio ocorre quase uma semana após o site chinês DigiTimes dizer que a companhia planeja investir a mesma quantia, nos próximos três anos, para o desenvolvimento de produtos da linha System x de servidores de alto desempenho com sistema x86. A própria IBM destaca a linha Power como mais flexível, segura e com infraestrutura de fácil gerenciamento em comparação às plataformas x86 e Unix.
Mesmo que muitas máquinas ainda operem com os servidores x86 — nome subjacente ao design de chips da Intel e da AMD —, houve uma adaptação para o Linux, principalmente como uma variante ao sistema operacional Unix, cujas vendas estão se contraindo. "Continuamos a ganhar participação com o Unix, mas não crescendo tão rápido quanto Linux", disse McCredie.