A Brasscom – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – reuniu a imprensa nesta sexta-feira, 20, para divulgar um relatório setorial, mostrando que o mercado referente à soma de TIC e Telecom em 2017 atingiu a cifra de R$ 467,8 bilhões (o equivalente a US$ 146,6 bilhões), crescimento de 5,4% em relação a 2016 ( em dólar 14,9%). No entanto, quando se analisa apenas o mercado de TIC (hardware, software, serviços, nuvem, BPO, exportações) o crescimento foi de 12,7%, totalizando R$ 195,7 bilhões (US$ 61,3 bilhões).
Segundo Sérgio Paulo Gallindo, presidente executivo da entidade, o crescimento para esse ano está previsto em torno de 5,5%, pois 2017 foi um ano atípico, bem expressivo, se compararmos com o PIB, que foi de 4,8%.
Em 2017 o setor de TIC voltou a crescer nominalmente acima do PIB, recuperando o seu desempenho, 9,9% contra 4,8 do PIB, uma vez que em 2016 o setor amargou um crescimento de apenas 0,3% contra um PIB de 4,4%.
Esses números colocam o Brasil no 6º lugar no ranking do mercado de TIC + Telecom, com 2,3% do mercado mundial e 47,6% em relação ao mercado da América Latina, que por sua vez é 4,9% do mercado global, que totaliza US$ 2,1 trilhões.
Outra estatística relevante que mostra os bons resultados do mercado em 2017 foi a evolução dos empregos no setor de TIC, que registrou um pequeno crescimento de 0,1%: 596.272 postos de trabalho em 2016 contra 599.432 no ano passado. A perspectiva para 2018 é positiva, pois já no primeiro mês do ano foram incorporados 6 mil novos empregados, 0,8% mais que o mesmo período no ano anterior. Ou seja, o mercado contabiliza 603.692 empregados hoje.
Reivindicações
A entidade tem uma agenda de reivindicações públicas e propostas para o desenvolvimento do setor. Inclusive divulgou um manifesto na semana passada em Brasília: "Por um Brasil Digital e Conectado – Perspectivas e Propostas para futuros governantes e parlamentares", com tópicos que abrangem a Transformação Digital e Revolução Industrial 4.0.
Gallindo explica, no entanto, que a entidade espera o país adote as recomendações enviadas para o chamado "conselhão de notáveis", que defende políticas que promovam a revolução digital, os empregos do futuro e um pacto federativo, para evitar uma guerra fiscal entre os estados, que já estão onerando a competitividade do setor.