Mesmo em época de crise econômica, uma das atividades que mais cresce no País é o e-commerce. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2016, o setor faturou um total R$ 53,4 bilhões, o que representa um crescimento de 11% em relação a 2015. Em 2017, a previsão é que alcance R$ 59,9 bilhões.
O cenário seduz muitos empreendedores a surfar a onda do comércio eletrônico e abrir a própria loja virtual. Todos os dias nos deparamos com negócios que comercializam os mais variados tipos de produtos e serviços, atendendo aos mais variados perfis de consumidores. No entanto, um bom empreendedor deve atentar-se a uma importante decisão que precisa ser tomada nesta fase de planejamento: criar o próprio e-commerce ou vender a partir de um marketplace?
Abrir uma loja virtual requer um considerável investimento de tempo e dinheiro para planejar e organizar diversas atividades. Não é "apenas" colocar o site no ar e receber milhares de pedidos por dia: há vários outros fatores vitais que devem ser levados em consideração. Estratégia de marketing, logística, gerenciamento de redes sociais, escolha da plataforma de e-commerce, infraestrutura de integração com meios de pagamento… a lista é grande.
Todas estas atividades ganham uma carga extra quando o lojista ainda está conhecendo o mercado de e-commerce e ainda não possui um volume de vendas tão expressivo. Como alternativa surge o marketplace, que nada mais é que o "local" (site ou aplicativo) onde o processo de compra e venda é realizado.
Hoje em dia, há marketplaces para várias demandas de mercado: produtos novos e usados, livros, carros, hospedagem, transporte, entrega de comida, artesanatos, passagens, técnicos de computadores etc. Estas empresas, para atrair mais lojistas, oferecem uma série de vantagens, como auxílio em marketing, antecipação do pagamento de vendas e garantia de pagamento contra fraudes.
Uma das vantagens de começar a vender por marketplace é compartilhar os custos de logística, pagamento, conciliação financeira e antifraude, diluindo certas despesas e evitando gastos desnecessários. Isso não é demérito: toda essa experiência será importante para medir o potencial da loja no futuro e saber a possibilidade de escalar a operação para a sua própria plataforma.
A visibilidade da marca também é um tópico importante para lojas recém-criadas. Um e-commerce pode demorar um certo tempo para ganhar destaque, enquanto que em um marketplace a imagem do negócio fica muito mais visível dentro do seu nicho de atuação.
Não há uma fórmula exata a ser seguida: cabe a cada empreendedor estudar qual é a melhor estratégia para alavancar o negócio diante do menor custo possível. Opções eficientes não faltam.
Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.