Dell quer reduzir US$ 2 bilhões em custos em três anos

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A Dell espera cortar US$ 2 bilhões em custos nos próximos três anos, segundo informou a empresa reunião com analistas nesta semana. Para isso, a fabricante de computadores pretende impulsionar a divisão de PCs nos chamados mercados emergentes, racionalizar a cadeia de suprimentos e consolidar equipe de vendas, numa estratégia similar a adotada pela rival HP. Além disso, a companhia diz que vai concentrar esforços para aumentar o lucro operacional e as vendas das unidades de software e serviços.

A fabricação de computadores ainda é considerada importante para a Dell, por gerar receita e produção de componentesa baixo custo para outros produtos com margem de lucro maior, como servidores, equipamentos de rede e sistemas de armazenamento. “A escala dinâmica ainda é importante”, afirmou o diretor financeiro (CFO) da Dell, Brian Gladden. A unidade de negócio para usuário final deve alcançar US$ 47 bilhões em receita até o ano fiscal 2016, um nível considerado modesto quando comparado com o desempenho de cinco anos atrás, de acordo com o The Wall Street Journal. A companhia afirma que grande parte do desempenho dessa área virá de mercados como China, Índia e Brasil, onde as vendas de computadores pessoais continuam em crescimento.

No segmento de software, a Dell prevê atingir US$ 2 bilhões em três anos. As vendas para clientes corporativos, segundo a empresa, podem crescer mais de 45% nesse período. Para isso, ela mencionou que pretende criar produtos para gestão de dispositivos móveis em redes empresariais. O segmento de serviços, por sua vez, pode crescer mais de 25% e chegar a US$ 10,5 bilhões.

O plano foi divulgado um dia depois da apresentação da distribuição trimestral de dividendos, cuja meta da empresa é pagar US$ 0,32 por ação ao ano. Analistas questionaram a decisão da fabricante, considerando que ela passa por um período de mudanças, tentando se posicionar como uma fornecedora de TI de ponta a ponta para empresas. O CEO da Dell, Michael Dell, tentou amenizar as preocupações, dizendo que as oportunidades com o fluxo de caixa da companhia evidenciaram que a partilha de lucros poderia ser uma escolha correta. “Nossa indústria está constantemente em transição”, afirmou o executivo.

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