Americanet anuncia criação da Siena Brasil e prevê investimento de R$ 1 bi até 2028

0

A Americanet anuncia a criação de empresa para construir uma rede neutra subterrânea de 6.000 km no estado de São Paulo, para atender o mercado B2B e B2C. A Siena Brasil nasce com o objetivo de entregar uma internet de fibra óptica com excelente qualidade e alta performance, acima dos padrões existentes no mercado. Expectativa é construir 1.000 km de rede subterrânea por ano, nos próximos seis anos, na capital e no estado de São Paulo.

De acordo com Lincoln Oliveira, presidente da Americanet, a iniciativa foi pensada como uma alternativa para resolver os problemas relacionados aos cabeamentos aéreos que têm desafiado o mercado nos últimos anos, no que se refere à lei de compartilhamento de uso de postes em várias cidades do país.

As regras de uso ainda estão sendo discutidas pela Anatel e Aneel, mas na visão de Oliveira a rede neutra subterrânea, apesar de não ser a alternativa econômica mais barata, é a melhor saída para resolver os problemas de falta de espaço nos postes e manutenção da infraestrutura das redes aéreas: "Decidimos criar uma rede neutra para que não só a Americanet, mas outras operadoras possam utilizá-la para se conectar com seus clientes. Nossa proposta é atender as mais diversas empresas de telecomunicações, das operadoras aos provedores regionais, ajudando a expandir a oferta de banda larga de altíssima velocidade em toda a capital paulista", explica o executivo.

Com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão, a rede contará com quatro dutos, sendo um deles para uso da Americanet e os demais disponíveis para outras operadoras do mercado que tenham interesse, além de possibilitar a comercialização de dark fiber (fibra apagada) ou capacidade por meio da nova rede. Nesse sentido, a Siena Brasil, que atualmente está sob o guarda-chuva Americanet, está em busca de investidores que se tornarão sócios da nova empresa. "Com a entrada de novos parceiros, esperamos antecipar a entrega dos 6.000 km em até três anos", comenta Oliveira.

Uma parte da rede, que começou a ser construída e implementada no segundo semestre de 2022, já está disponível para atender algumas regiões da capital paulista: Berrini, Pinheiros, Vila Olímpia, Liberdade e Jardins. A expansão da rede será gradual, visando a entrega de cerca de mil quilômetros por ano, a fim de alcançar outras regiões e municípios de São Paulo, nos próximos seis anos.

Inovação e sustentabilidade

Uma das preocupações da empresa na viabilidade do projeto foi entrar em conformidade com a agenda ESG, especialmente no que diz respeito às boas práticas ao meio ambiente. Segundo o presidente da Americanet, tudo foi minunciosamente planejado visando garantir a sustentabilidade e inovação do projeto.

Oliveira explica que as tampas da rede de dutos subterrâneos, por exemplo, que tradicionalmente são produzidas em ferro, atraindo a ação de bandidos e vândalos que subtraem as peças e as comercializam no mercado "paralelo", serão fabricadas com plástico reciclável, reduzindo os impactos ao meio ambiente, além de diminuir os custos com a manutenção e reposição de peças.

Outro destaque do projeto é o seu alto nível de inovação, agregando tecnologia de ponta no controle e gestão da operação e manutenção da rede. Todo o monitoramento será feito por meio de tecnologia IoT (Internet das Coisas), que além de priorizar a segurança dos ativos contra agentes externos, também irá otimizar o processo de manutenção das equipes em campo.

"Além da construção da rede subterrânea, a Siena também será responsável pela manutenção da rede. Uma central de comando e controle irá sinalizar qualquer indício de falha no sistema para reparos ou reposição de peças, otimizando o trabalho das equipes. Sensores instalados em pontos estratégicos da rede irão apontar possíveis causas e soluções do problema, incluindo relatórios de manutenção preventiva", explica Oliveira.

Ou seja, na prática, a grande vantagem deste projeto é a possibilidade de um ISP de qualquer porte viabilizar sua operação em outras regiões e reduzir os custos de Capex e Opex, que seriam direcionados à construção e manutenção de uma rede própria. Além disso, Oliveira também acredita que a Siena será uma peça estratégica para promover a democratização do 5G, uma vez que a rede neutra oferece a infraestrutura e capacidade necessárias para transmitir grandes volumes de dados por meio das ERBs (Estações Rádio Base) e levar a tecnologia para outras cidades do estado de São Paulo.

"A Siena será um parceiro importante das empresas que, assim como nós, querem contribuir para promover o desenvolvimento digital do país e ajudar a conectar pessoas, empresas e novas oportunidades de negócios", finaliza o presidente da Americanet.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.