As empresas brasileiras tiveram um prejuízo médio de US$ 296 mil no ano passado em razão da quebra de segurança de aplicativos móveis utilizados por funcionários. Na América Latina, a perda das empresas chegou a US$ 385 mil, de acordo com pesquisa encomendada à Applied Research pela Symantec, fabricante de software de segurança.
A consultoria entrevistou executivos da área de segurança de TI de mais de 6 mil empresas no mundo todo, sendo 150 brasileiras, que admitiram ter aumentado a preocupação com a segurança de sistemas com a proliferação do uso de dispositivos, como smartphones e tablets, e aplicativos móveis no ambiente corporativo, além da pressão que geram nos recursos de TI.
Não é por outro motivo que 39% das empresas brasileiras colocam a mobilidade entre os três principais riscos de TI, mais do que a virtualização e computação em nuvem. As preocupações variam desde com o roubo ou a perda de dispositivos móveis até o vazamento de informações vitais da empresa, além da perda de produtividade e da confiança dos clientes.
Apesar das ameaças, o relatório revela que as empresas têm os dispositivos móveis como ferramentas essenciais de apoio ao negócio. Uma prova disso é que 82% das empresas no Brasil estão avaliando o desenvolvimento de aplicações móveis personalizadas e 75%, a criação de uma loja de aplicativos corporativa, nos moldes da App Store, da Apple.
O estudo indica, ainda que hoje 67% das empresas no país utilizam aplicativos móveis de negócios. Em âmbito global, 71% das companhias estudam a criação de aplicações corporativas customizadas. “Além de oferecer ganhos de produtividade e acessibilidade, o uso da mobilidade nas corporações promove a redução do custo total de propriedade [TCO, na sigla em inglês]”, ressalta Kahren Ivanechtchuck, gerente comercial da Symantec.
A pesquisa sobre a “situação da mobilidade” foi realizada entre os meses de agosto e novembro do ano passado. O resultado tem como base entrevistas realizadas com executivos de 6.275 companhias em 43 países da América do Norte, região EMEA (que engloba Europa, Oriente Médio e África), Ásia-Pacífico e América Latina.