De acordo com a 24ª edição do Internet Security Threat Report (ISTR), relatório anual de segurança da Symantec, o Brasil ocupa posição de destaque global quando se trata de ameaças cibernéticas. Entre os oito tipos de ataques analisados, o país teve aumento em cinco: bots (3ª), ramsomware (4ª), criptomineradores (5ª), phishing (9ª) e malware (11ª). O Brasil manteve a 3ª colocação global em termos de Spam, e perdeu colocação apenas em ataques de rede (10ª) e web (12ª).
Dos 157 países analisados pelo ISTR, o Brasil subiu 3 colocações e agora é o 4º que mais recebe ataques cibernéticos, atrás de Estados Unidos, China e Índia. Na América Latina, o país ocupa a primeira posição, com 4.11% dos ataques globais. O México, que é o segundo país da região, recebe menos da metade, 1.93%.
A redução dos rendimentos de cryptojacking e ransomware fez com que criminosos cibernéticos migrassem para novos ataques, como formjacking, que obtém dados de cartão de crédito nos formulários de compras online. O Brasil foi o 8º país mais afetado, dos 3,7 milhões de ameaças bloqueadas no mundo pela Symantec, 3,1% foram feitas no Brasil.
Privacidade
Com o recente escândalo de dados da Cambridge Analytica, as audiências sobre privacidade do Facebook, a implementação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (General Data Privacy Regulation – GDPR) na Europa e da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, e revelações sobre o rastreamento de localização de aplicativos e bugs de privacidade em apps muito utilizados, como o recurso FaceTime da Apple, a privacidade do consumidor ganhou os holofotes no ano passado.
O smartphone pode ser o melhor dispositivo de espionagem que já existiu – câmera, dispositivo de escuta e rastreador de localização, tudo no mesmo aparelho, que é carregado voluntariamente e usado onde quer que o proprietário esteja. Embora já sejam alvo de Estados devido a espionagem tradicional, os smartphones também se tornaram uma ferramenta lucrativa para coletar informações pessoais dos clientes, com os desenvolvedores de aplicativos móveis figurando como piores infratores.
O ISTR da Symantec fornece uma visão abrangente das ameaças, incluindo informações sobre as atividades das ameaças globais, as tendências dos criminosos cibernéticos e as motivações dos hackers. O relatório analisa os dados da Symantec Global Intelligence Network, a maior rede civil de coleta de ameaças.