A Taiwan Memory, empresa criada pelo governo taiwanês para reestruturar o setor de chip de memória D-RAM, anunciou parceria com a japonesa Elpidia para desenvolver novos usos para os chips. Entre os planos da empresa, está a abertura de novas frentes no mercado para os processadores D-RAM.
O presidente da Taiwan Memory, Josh Hsuan, observou que o objetivo com a parceria é desenvolver versões de chips que possam ser usadas em outros produtos, como celulares. "Os chips D-RAM são componentes fundamentais para os computadores, mas sua 'comoditização' trouxe baixas margens de lucros para os fabricantes", declarou ele ao Financial Times.
Com a parceria, a Elpidia vai transferir os diretos sobre propriedade intelectual e pesquisas e seu pessoal de desenvolvimento para a Taiwan Memory. Em troca, o governo taiwanês se comprometeu a injetar capital na empresa japonesa, mas, segundo Hsuan, "ainda há um longo caminho para esse acordo se concretizar".
A Taiwan Memory anunciou que vai contratar 800 pesquisadores e desenvolvedores, mas não terá fábrica própria. Para isso, a empresa pretende contratar outros fabricantes taiwaneses para produzir chips usando as novas tecnologias. O controle da produção, assim como as vendas, ficará a cargo do governo de Taiwan.
"A missão de consolidar a indústria não é minha. Essa é uma parceria que Taiwan precisa no longo prazo", afirmou Hsuan, explicando que o sucesso da aliança vai beneficiar toda a indústria. Se der certo, a parceria promete ameaçar os fabricantes de memória Flash, como a Toshiba, que equipa celulares e máquinas fotográficas digitais.
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