O custo segue firme na liderança como principal barreira para as pessoas assinarem um serviço de Internet em suas residências. Segundo dados da 7ª Pesquisa TIC Domicílios 2011, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), 48% dos entrevistados citaram o custo elevado como principal motivo para não instalarem Internet em suas casas no ano passado.
O gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, no entanto, destaca o fato de esse percentual ter reduzido consideravelmente desde 2008, quando esse contingente era de 54%. “A Internet ainda é muito cara no Brasil, mas a tendência é que reduza essa barreira, principalmente com o crescimento dos planos populares, do Programa Nacional de Banda Larga”, diz.
A segunda barreira é a disponibilidade do acesso, pois há muitas regiões onde o serviço ainda não está presente. “Essa barreira cresceu um pouco, de 21% em 2008, para 25% em 2011, mas não podemos nos precipitar dizendo que a cobertura da rede piorou. O que acontece é que mais pessoas têm computador e aí fica mais evidente o problema da infraestrutura”.
De acordo com Barbosa, por conta dessas barreiras, nem todos aqueles que têm computador em casa tem, necessariamente, o acesso à Internet. A proporção de domicílios com computador no país passou de 35%, em 2010, para 45%. Enquanto a presença de Internet saltou de 27% para 38% no mesmo período. “Essa diferença entre computador e acesso deve cair com o passar do tempo e com o crescimento da banda larga móvel”, prevê. Ele lembra que o acesso à Internet via modem 3G nas residências praticamente dobrou, saltando de 10% para 18% entre 2010 e 2011.