Para economista, eletroeletrônicos devem ser mais afetados com a crise

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A crise econômica mundial deve afetar os setores que mais dependem do crédito, com destaque para os segmentos vinculados a investimentos em bens de capital. A avaliação foi feita nesta quarta-feira, 1º, pelo professor Antonio Licha, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O economista afirmou que esses setores requerem grandes volumes de crédito e "vão ter dificuldades nos próximos meses". Licha disse que algumas empresas de pequeno e médio portes já vêm enfrentado esse problema, porque "os bancos têm cortado suas linhas de crédito".

Para ele, a crise deve prejudicar também o setor de bens de consumo duráveis, principalmente automóveis. Do mesmo modo, a crise poderá repercutir de forma negativa sobre os importadores, na avaliação do economista. "Agora o dólar está mais caro, os preços dos bens importados devem cair e isso vai afetar o comércio de importados."

Outro setor que deve apresentar redução da demanda é o de eletroeletrônicos, indicou o economista. "Nesse momento os produtos são quase todos importados. Os preços vão subir e a gente não vai ter crédito para eles", disse o economista, ao acrescentar que a perspectiva é de desaquecimento nos próximos meses para esse segmento da economia.

Do lado do consumidor, a avaliação de Licha é que o crédito para a compra desses produtos está ficando mais caro. "Nós devemos ter menos prestações, preços mais altos e com juros também mais altos", previu

Licha salientou que, em contrapartida, alguns setores econômicos podem se beneficiar com a crise internacional. Ele citou os setores exportadores agrícola, de minério de ferro, siderúrgico, de papel e celulose. "Eles devem aumentar suas receitas devido à elevação da taxa de câmbio". Licha considerou, contudo, que em geral o nível de atividade da economia vai cair nos próximos meses. "E deve persistir retraído de forma bastante forte ao longo do ano de 2009."

Com informações da Agência Brasil.

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