Treze pequenas e médias empresas indianas das áreas de fabricação de eletrônicos, desenvolvimento de software e serviços realizam nesta quarta-feira, 1/11, em São Paulo, um trade show para buscar parcerias de negócios ou mesmo criar joint venture para atuar no mercado brasileiro.
A delegação, chefiada pelo ESC ? Eletronics and Computer Software Export Promotion Council (uma espécie de Nasscon, mas ligada ao Governo) tem em seu quadro de sócios 230 empresas de médio e pequeno porte que ?oferecem qualidade no desenvolvimento de software, com preço mais vantajoso que os concorrentes?.
Segundo Gurmeet Singh, diretor assistente do ESC, o país conta com uma infra-estrutura que oferece mais de cinco mil unidades de produção, três mil empresas e cerca de duas mil faculdades em várias disciplinas. ?Em 2008 a Índia terá mais de um milhão de profissionais na área de tecnologia?, afirma.
Disse ainda que a exportações de software e serviços hoje representam cerca de 14% a 15% do total de exportação do país, que oferece uma economia liberal, instituições jurídicas independentes e um governo que busca a eficácia administrativa.
Explicou que em infra-estrutura vão investir US$ 170 bilhões para instalar 175 milhões de linhas telefônicas até 2010. ?Estamos ligando por cabo submarino a Índia a Cingapura, o que vai facilitar a realização de negócios. O objetivo é exportar US$ 50 bilhões em 2008?, enfatizou Singh.
O país tem ainda como objetivo aumentar a penetração de PCs na sociedade. ?Temos hoje três PCs por habitante e queremos chegar a 20 PCs por habitante?, afirmou.
Trade show
Dentre as empresas de TI que participaram do evento (que também será realizado dia 6 próximo no México) estavam a Gateway Nintec e Gaganz.com. A primeira tem cerca de 500 funcionários, US$ 15 milhões de faturamento anual e se dedica ao outsourcing e desenvolvimento de software. Seu diretor comercial, Pavak Shah, disse que já tem três clientes no país, um dos quais o site POP da GVT, de Curitiba.
A Gaganz é uma empresa com 11 anos de atividades, com 120 funcionários, dois quais 40 desenvolvedores e fatura cerca de R$ 1 milhão anualmente. Seu foco é o mercado de software bancário e web-services.
