Abinee defende revisão da Lei de Informática

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) está pleiteando que seja feita uma revisão da Lei de Informática, de maneira que contemple medidas de incentivo à criação de uma indústria local de semicondutores e demais componentes eletrônicos. Segundo o presidente da entidade, Humberto Barbato, as intensas transformações que vêm ocorrendo na economia mundial estão forçando o Brasil a buscar uma nova estratégia de desenvolvimento para o setor.
"É hora de aperfeiçoar a Lei de Informática, visando permitir que ela possa atrair para o Brasil fabricantes de semicondutores, e também seja capaz de revitalizar a indústria local de componentes eletrônicos, um dos principais desafios com vistas à competitividade da nossa indústria de TIC [tecnologia da informação e comunicações]", defendeu.
O dirigente frisou que, devido ao fato de a produção local de componentes eletrônicos atualmente ser bastante reduzida, a demanda do mercado interno é atendida quase em sua totalidade por importações, ou seja, fornecedores externos.
Para sustentar seu argumento, Barbato cita que no ano passado o segmento de componentes apresentou um déficit de mais de US$ 10 bilhões, sendo que as exportações totalizaram US$ 2,5 bilhões contra US$ 13 bilhões de importações. Para este ano, a estimativa é que o saldo negativo do setor de componentes eletrônicos chegue a US$ 15,9 bilhões, crescimento de cerca de 51% em relação ao ano passado.
Com a perspectiva de aumento da demanda interna por componentes, o presidente da Abinee alerta que, caso nenhuma medida seja tomada, o déficit comercial do segmento de componentes pode atingir cerca de US$ 45 bilhões em 2020. "Este cenário requer mudanças expressivas na estrutura do segmento de componentes eletrônicos. A implementação de políticas de incentivo teria como meta o ganho de competitividade do produto brasileiro", afirmou Barbato, ressaltando que estas ações, combinadas com a mudança de estratégia de empresas, poderiam resultar em crescimento da produção de componentes até 2020, de forma a atender uma parcela mais significativa da demanda interna.

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