Brasil lidera o ranking de quantidade de celulares e PCs na AL

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O ISI DMR/IESE (indicador da sociedade da informação) para a América Latina, divulgado nesta segunda-feira (2/1) pela DMR Consulting, consultoria multinacional que oferece soluções de negócios globais e tecnologia da informação, atingiu, no segundo trimestre de 2005, 4,67 pontos. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior (4,52 pontos), este item apresenta crescimento de 3,2%.

Esta é a primeira vez que o estudo ?Indicador da Sociedade da Informação? (ISI) é apresentado no Brasil. A iniciativa, realizada em conjunto ao Iese-Cela (Instituto de Estudos Superiores da Empresa e Centro para a Empresa Latino-americana), que mantém uma aliança com o Ipade (Instituto Panamericano de alta direção de empresas), utiliza uma análise trimestral capaz de comparar a atual situação da Argentina, Brasil, México e Chile.

Entre os principais resultados constatados, o Brasil destaca-se pelo maior aumento no número de computadores e telefones celulares por habitante. De acordo com o estudo, o número de telefones móveis para cada mil pessoas chega a 399 unidades em relação a 288 de um ano atrás (+38%). Atualmente, há no Brasil 75,5 milhões de telefones móveis em funcionamento. Pelo quinto trimestre consecutivo, o país aumentou também a proporção computadores por habitantes de maneira mais ágil que os outros ambientes estudados, registrando 114 computadores a cada cem mil habitantes (número acima da média geral: 112 unidades).

O ISI do Brasil no segundo semestre de 2005 foi de 4,27 pontos, o que caracteriza aumento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, a diferença que separa o ISI do país da referência teórica ótima se reduz de 131% para 123%. Segundo o estudo, o Brasil possui característica singular de apresentar maior semelhança entre a qualificação média do ambiente e das tecnologias de informação e comunicação (TIC).

A pontuação média do ambiente da sociedade da informação, 4,30 pontos, fica apenas 2,5% acima da correspondente às TIC (4,17 unidades). No entanto, a variação porcentual anual da qualificação das TIC foi notavelmente superior (+7,1% frente a 0,6% do ambiente). Todas as variáveis do componente especificamente tecnológico do indicador brasileiro apresentaram aumento, exceto na relação entre despesa em TIC e PIB.

Dos países analisados, no entanto, o Chile foi o que atingiu a melhor qualificação (6,24 pontos), seguido por México (4,97), Brasil (4,27) e Argentina (4,21). Os números projetam a tendência de crescimento para o fim do quarto trimestre de 2005, em que o ISI atingirá 4,87 pontos ? valor mais elevado da série histórica.

O ISI do ambiente da sociedade da informação recebeu uma qualificação média de 4,90 pontos, índice maior do que o correspondente ao da tecnologia da informação e da comunicação, que obteve 3,73 pontos. Nesse sentido, Enrique Fernández de Alarcón, sócio-diretor da DMR Consulting, destaca que é comum que o ambiente global tenha qualificação mais elevada que as TIC, uma vez que a convergência entre ambas categorias é feita de forma mais rápida.

Entre as variáveis que constituem a qualificação das TIC, o melhor resultado correspondeu ao número de telefones móveis para cada mil habitantes, que atingiu os 413 terminais móveis (36% a mais do que ano passado), caracterizando leve declínio na relação da despesa TIC/PIB regional (considerado o principal obstáculo para obtenção de pontuação mais elevada). Dos componentes do ambiente da sociedade da informação, a maior pontuação foi relativa ao ambiente institucional (5,63 pontos; incremento anual de 9,7%), graças à redução do prêmio de risco regional.

Ao comparar a pontuação do ISI entre os países em termos gerais, é possível dizer que a Argentina é a principal responsável pela melhora do indicador da região, pois apresenta crescimento anual de 18,3% no período analisado. Assim, é o único dos quatro países cujo ISI é mais elevado do que o relativo à América Latina.

O objetivo do estudo é analisar o avanço e os principais fatores que afetam o desenvolvimento da sociedade da informação por meio da conexão entre elementos da tecnologia da informação e da comunicação (TIC) e os impactos que causam em diferentes países.

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