O Alibaba Group Holding anunciou neste último fim de semana que vai investir 1 bilhão de dólares de Hong Kong (o equivalente a US$ 129 milhões) na criação do Alibaba Hong Kong Young Enterpreneurs Foundation, fundação que terá como objetivo selecionar startups localizadas na região administrativa especial da China e ajudá-las a se desenvolverem por meio de financiamento, assistência técnica e treinamento, utilizando suas plataformas.
A previsão é que o programa de investimento de risco comece no segundo semestre deste ano, segundo comunicado do Alibaba. A ideia, no longo prazo, é que a fundação, que não tem fins lucrativos, ajude o gigante chinês do comércio eletrônico a aumentar a presença fora da China continental, transformando jovens empresários de Hong Kong em clientes do Alibaba.
A fundação também irá selecionar 200 estudantes a cada ano a partir de universidades de Hong Kong e lhes oferecerá oportunidades de estágio em suas empresas ou de parceiros de negócios, informou a companhia.
O modelo de negócios do Alibaba depende fortemente de pequenas empresas que usam seus sites de e-commerce, computação em nuvem e outras plataformas. Somente um de seus sites de comércio eletrônico, o Taobao.com, tem cerca de 7 milhões de estabelecimentos comerciais, que são em sua maioria pequenas empresas, boa parte delas suportadas por data centers do seu braço de computação em nuvem, o AliCloud.
Apesar do anúncio do programa de financiamento, o relacionamento do Alibaba com Hong Kong tem sido, por vezes, complicado. Antes de lançar sua oferta pública inicial de ações na Bolsa de Nova York, no ano passado, o grupo chinês tentou listar suas ações na bolsa de Hong Kong, mas teve seu pedido rejeitado pela Hong Kong Exchanges e Clearing, que opera a bolsa e não aceitou a estrutura acionária da companhia, que dá a executivos seniores influência sobre indicações para o Conselho de Administração.
Uma pessoa familiarizada com os planos da Alibaba, ouvida pela reportagem do The Wall Street Journal, disse que a empresa também está planejando a criação de uma fundação de investimento de risco semelhante em Taiwan, ilha igualmente administrada pela China, embora não tenha informado quanto pretende investir na região.