Intel e a fabricante taiwanesa de chips TSMC firmaram acordo para o desenvolvimento e produção de uma versão de baixo custo do chip Atom, da gigante americana, para uso em uma ampla gama de eletrônicos de consumo. Com isso, a Intel amplia a sua utilização para além dos netbooks – computadores ultraportáteis de baixo custo – para tentar fazer frente ao aprofundamento da recessão no mercado de semicondutores.
O acordo representa uma grande mudança na estratégia da Intel, que sempre produziu os seus próprios microprocessadores e agora é obrigada a recorrer a parceiros, segundo analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal. Para Hans Mosesmann, analista da Raymond James, a parceria poderá abrir novos mercados para Intel muito mais rapidamente do que ela poderia fazer por si só.
Mas a aliança também é vantajosa para a TSMC, que terá acesso aos novos chips que surgirão a partir da parceria e poderá baratear ainda mais os seus processadores para eletrônicos de consumo, que enfrentar uma forte retração no mercado mundial.
O acerto prevê a combinação dos circuitos do Atom, que hoje equipa a maioria dos netbooks no mercado, com o circuito de outros chips, criando uma nova arquitetura. A Intel já adiantou, contudo, que não irá transferir a sua tecnologia a TSMC. Ela apenas vai permitir que a TSMC use o Atom em dispositivos como telefones celulares, set-top boxes e câmeras. As duas empresas não quiseram divulgar metas, especificações e prazos para a chegada dos novos chips ao mercado.
- Chip de baixo custo