No início do ano passado, a Dasa, rede de laboratórios de serviços diagnósticos, definiu como meta melhoria a qualidade dos serviços prestados pelas suas unidades. Um movimento que incluiu ações como a compra de equipamentos novos e contratação de 10 médicos renomados, por exemplo. Agora, neste ano, o desafio é reduzir o tempo de atendimento e melhorar a qualidade dos mesmos, algo que deve consumir investimentos de R$ 200 milhões.
Segundo Rafael Romanini, diretor geral do Delboni Auriemo, um dos laboratórios da rede Dasa, as mudanças na gestão do atendimento incluem a integração dos sistemas das unidades que ainda não estão integradas, e implantar um software de gestão de equipe nos laboratórios Delboni e Lavoisier, em São Paulo, para emitir alertas quando faltar funcionário em uma unidade. O sistema, desenvolvido pelos técnicos de TI da empresa, está integrado ao ponto eletrônico e, assim, sugere à central o deslocamento de um funcionário para cobrir as faltas em unidades de maior demanda. Com ações deste tipo, o tempo de atendimento é possível reduzir em 40% o tempo médio de atendimento de 16 minutos, segundo Romanini.
De acordo com a direção dos laboratórios a solução é simples, e não foi necessário nada além da implementação para que ela começasse a funcionar. Ao fazer a varredura do sistema de ponto, o software avisa a central que, por exemplo, um técnico de raio-x não está no laboratório e, imediatamente, a central será capaz de enviar um funcionário de uma outra unidade para aquela que o sistema acusa estar desfalcada.
A Dasa é uma empresa de medicina diagnóstica da América Latina e figura entre as maiores do mundo, oferecendo mais de 3 mil tipos de exames laboratoriais e diagnósticos por imagem. No segmento de análises clínicas, as amostras são coletadas nas mais de 300 unidades de atendimento e analisadas em laboratórios centrais. Em diagnósticos por imagem, os exames são avaliados e laudados por médicos, de acordo com a especialidade.
Aqui no Brasil, a companhia tem ampliado sua presença por meio de expansão orgânica, complementada pelas aquisições de empresas no setor. Como resultado, a Dasa detém atualmente mais de 20 marcas distintas, presentes em 12 Estados brasileiros e Distrito Federal. A empresa também presta serviços de apoio para cerca de três mil laboratórios no País, por meio da marca Alvaro, e opera para o setor público, por intermédio da marca CientíficaLab.
No último balanço, a companhia registrou receita líquida de R$ 600 milhões, alta de 15% sobre 2010. Parte significativa dos R$ 200 milhões previstos para investimentos este ano, será reservada à aquisição de equipamentos e soluções para melhorar a qualidade de atendimento. Este é o maior aporte em equipamentos já realizado pela Dasa, que comprou 40 ultrassons, 19 tomógrafos de baixa radiação, 10 aparelhos de ressonância magnética e um PET-CT. Philips, GE e Siemens forneceram os equipamentos. Romanini diz que esse investimento foi feito com a finalidade de rentabilizar as unidades. “Uma ressonância magnética nova, por exemplo, é capaz de fazer 40 exames por dia, o dobro de uma máquina mais antiga”, calcula. Paralelamente ao projeto de modernização, a companhia também tem planos de abrir 40 laboratórios neste ano.
Segundo a direção da rede de laboratórios a base do futuro dos sistemas de TI é formada por três pilares: sistemas legados, tornar a companhia mais baseada na web e estrutura. Esta última compila a busca por qualidade no atendimento por meio de uso das melhores práticas. “Usamos Itil, PMI, Cobit, e isto traz estabilidade e controle de projeto. Não tínhamos gerência de mudança e implantamos. Medimos SLA e tratamos os problemas que mais impactam o dia a dia”, informa Romanini.