A computação em nuvem chegou no mercado de tecnologia para ficar. Quem ainda tem dúvidas ou acha que o cloud é apenas uma moda passageira só precisa olhar para os números para mudar de opinião.
Analistas da Forrester estimam que até 2020, a nuvem vai corresponder a cerca de 15% do mercado mundial de TI. Uma pesquisa recente da Avanade aponta que 66% das empresas no Brasil acreditam que a nuvem é vital para o sucesso do negócio, e as previsões do IDC mostram que o mercado movimentou US$ 257 milhões em 2013 e deve chegar à US$ 798 milhões em 2015.
A demanda crescente é motivada pelos benefícios bem conhecidos da nuvem, tais como a otimização de custos, a redução do tempo de entrega (de servidores e aplicações), e as melhorias de disponibilidade dos sistemas. Embora esses benefícios se apliquem a empresas de todos os tipos e tamanhos, a nuvem traz uma vantagem especial para as pequenas e médias empresas, que muitas vezes passa despercebida: o acesso a uma quantidade quase ilimitada de recursos computacionais.
Se olharmos 5 anos atrás, seria impossível imaginar uma pequena empresa conseguindo processar petabytes de informação, ou utilizando milhares de servidores para atender a demanda de seus clientes. Com o poder da computação na nuvem, no entanto, isso não só é possível, como é frequente. Centenas de empresas têm surgido no mercado com modelos de negócios que só são possíveis graças à nuvem.
Imagine uma empresa de mídia com acesso a mesma infraestrutura de transmissão de conteúdo que a Netflix, uma empresa de internet com acesso ao mesmo número de servidores e discos que o Google, ou um pequeno e-commerce com a mesma capacidade de processar dados que a Amazon. É essa igualdade de poder computacional que a computação na nuvem traz, especialmente para os empreendedores brasileiros.
Os brasileiros sempre foram um dos povos mais criativos do mundo, mas essa criatividade sempre foi limitada pelo nosso acesso aos recursos de todos os tipos. A computação na nuvem nivela esse acesso no campo da tecnologia, permitindo que coloquemos nossa criatividade em prática como nunca antes foi possível. Com isso, o céu é o limite para o empreendedorismo nacional.
Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp